O jornalista Mário Rosa, no Poder360, fez uma
brilhante defesa, embora isenta, do senador Jorge Seif, de Santa Catarina. Ele
será julgado nesta quinta-feira no Tribunal Superior Eleitoral. O jornalista
Mário Rosa mostra que não existe nenhuma prova, nenhum crime, na campanha
eleitoral do senador, que recebeu 1,484 milhão de votos. É choro de quem teve
só 600 mil votos e entrou na Justiça. O Ministério Público Eleitoral recomendou
o arquivamento e o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina disse, por unanimidade
– foram 7 votos a zero – que não havia crime nenhum. Ainda assim, três
partidos, depois de terem perdido a eleição, recorreram ao TSE: Patriotas,
União Brasil e PSD. Na verdade, o que eles querem é anular o voto de 1,484
milhão de eleitores de Santa Catarina.
O mesmo está acontecendo no Tribunal Regional
Eleitoral do Paraná em relação a Sergio Moro. É uma vingança dos corruptos,
vingança de políticos que foram julgados e condenados por ele, além de revanche
de quem perdeu a eleição. Moro teve quase 2 milhões de votos e querem anular os
votos desses eleitores com um argumento fácil de derrubar. Tanto é que os
principais editoriais de quarta-feira de O Globo e O Estado de S.Paulo, dois
dos maiores jornais brasileiros, embora critiquem Moro em outras questões, defendem
a manutenção do seu mandato.
Moro não fez nada que possa ser considerado crime,
mas o julgamento está empatado em 1 a 1. O relator disse que não havia prova de
crime algum, mas outro desembargador, indicado por Lula, disse que, como no
futebol, eles estão agindo para fazer o VAR. Comparar com futebol uma coisa
séria, que é o voto de quase 2 milhões de eleitores? E, depois, quem fez o gol
que eles querem anular não foi Moro, foram 1,953 milhão de eleitores do Paraná.
Mas é a história da vingança – aconteceu o mesmo com os eleitores de Deltan
Dallagnol, quando anularam os votos de 345 mil paranaenses.
Filho
de Lula é adulto; o que ele faz é responsabilidade dele, não do
presidente: O filho de Lula está proibido pela Justiça de chegar a menos
de 200 metros da mulher com quem ele viveu nos últimos dois anos. Se ele quiser
buscar os pertences dele, por exemplo, terá de ser acompanhado por um oficial
de Justiça. Ele é o Luís Claudio Lula da Silva, e ela se chama Natália
Schincariol, e denunciou que ele cometeu agressões físicas.
O
presidente Lula não tem nada a ver com isso; o filho dele é adulto. Mas o caso
virou notícia por ele ser filho de Lula, e de certa forma isso resvala no
presidente, assim como as notícias a respeito dos filhos de Bolsonaro – a
última é sobre Renan, o filho mais jovem, que tem um inquérito em Brasília por
causa de uma empresa dele. Os pais não podem ser responsabilizados por crimes
dos filhos. É como o filho do Pelé. Dizem “ah, o filho do Pelé isso e aquilo”.
E aí? Mas não se transfere culpa do filho para o pai ou do pai para o filho.