Protagonista
do apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desde as eleições de
2018, o empresário Luciano Hang adotou um tom mais pacificador sobre a relação
com o governo do presidente Luiz Inácio Lula Da Silva durante uma entrevista ao
jornal Folha de S.Paulo neste sábado (11/5). O empresário dono
da empresa Havan criticou o que chamou de "polarização" sobre as
inundações que assolam o estado do Rio Grande do Sul há quase duas semanas:
"Não devemos polarizar uma catástrofe como esta".
Segundo
Hang, que diz ter visitado o estado no começo das inundações, a situação é pior
do que parece. "Não foi uma enchente, foi um tsunami, uma devastação. Tudo
por onde passou essa água foi derrubado. É uma coisa que não dá para
descrever".
Hang
apontou que duas lojas gaúchas foram destruídas e projetou uma perda de cerca
de R$ 30 milhões. O empresário, contudo, minimizou o prejuízo. "Perdemos
pouco perto de outras pessoas que perderam tudo. Uma loja não é o foco do nosso
negócio. A gente reconstrói", ponderou.
O
empresário disse ainda que a Havan está colocando em prática um plano de
contingência para auxiliar os empregados que foram afetados pelas inundações.
Entre as ações estão o pagamento de 13º salário, programa de participação de
resultado e a garantia de não demissão.
Sobre
a avaliação do trabalho do governo em relação a tragédia no Rio Grande do Sul,
Hang é enfático: "Não é hora de dividirmos o povo brasileiro. Tem que unir
para resolver esse problema. Não pode haver política numa coisa como essa.
Quando eu falo em governo são os três: municipal, estadual e federal. Todos os
órgãos. Todos estão querendo fazer o seu melhor".