O
“Arrozão”, falcatrua (palavra do próprio presidente Lula) montada para fazer
propaganda do governo, arrumar negócios para o MST e tirar proveito da tragédia
das enchentes no Rio Grande do Sul, flopou. Mistura de safadeza, burrice e
incompetência-raiz, a coisa toda foi a pique, justamente, por ser uma falcatrua
muitíssimo mal armada – o “roubar e não poder carregar”, como se dizia
antigamente.
Lula
e os magos da “comunicação” que emprega em seu governo acharam uma boa ideia
comprar arroz estrangeiro, sabe-se lá de onde e em que condições, e vender aqui
a preço subsidiado com dinheiro público – naturalmente, com uma etiqueta em
vermelho na embalagem para dizer que a oferta era obra do governo federal. Deu
tudo errado.
É
uma das marcas mais notáveis do Lula-3: o governo quer errar mas não consegue,
porque não tem o mínimo da competência necessária para cometer o erro
Logo
no primeiro leilão, já houve bandalheira na cara de todo mundo (a “falcatrua”
de que Lula falou) e o plano travou. Tiveram de anular o leilão, anunciar outro
e começar de novo. Continuou dando errado. A última notícia a respeito é que
decidiram parar a coisa toda até segunda ordem, ou desistir logo de uma vez. O
certo é que até agora, 40 dias após o anúncio triunfal das tais importações, o
brasileiro não viu um único grão do arroz que o governo prometeu colocar na sua
mesa. O que ficou foi mais uma grife na vitrine da corrupção neste país: o
“Arrozão”.
É
uma das marcas mais notáveis do Lula-3: o governo quer errar mas não consegue,
porque não tem o mínimo da competência necessária para cometer o erro. “Decidi
autorizar a importação de 1 milhão de toneladas de arroz”, proclamou Lula
durante as enchentes, como se estivesse anunciando o desembarque aliado na
Normandia. “Não é possível”, como ele sempre diz, o povo pagar preços
“exorbitantes” pelo arroz; ele ia entrar em ação e acabar com o problema. Mais
uma vez, Lula não decidiu coisa nenhuma.
A
inundação no Rio Grande do Sul, que produz 70% do arroz brasileiro, não tinha
afetado a safra em nada – na verdade, a maior parte da produção já havia sido
colhida. Nunca faltou arroz para ninguém, em lugar nenhum. Os preços, depois de
um nervosismo temporário, voltaram para onde estavam antes da enchente. O
Brasil, na verdade, está exportando arroz. Os produtores brasileiros, enfim,
levaram mais uma vez na cabeça e por conta da agressão que sofreram do governo
pode haver problemas com a próxima safra.
Para
coroar o bolo, verifica-se agora que não está mais em cogitação a importação
que daria uma força na “imagem” do governo. O Ministério e o ministro da
Agricultura foram, mais uma vez, desmoralizados em público: a operação, que
deveria estar a seu cargo, foi expropriada sem cerimônia nenhuma para as
capitanias do MST no governo Lula.
A
desgraça da enchente foi devidamente explorada – não deu certo, mas isso são
outros 500. O arroz continua onde sempre esteve. Lula, enfim, vai falar mais
adiante que “foi preciso um operário” para “resolver” um problema que “o
mercado não resolveu”. É um documentário fiel deste governo. Demagogia
explícita em público e zero elevado à potência zero em matéria de resultado.