A
senadora Damares Alves (Republicanos-DF) tem assumido para si a missão de
unificar a direita — no Brasil e no Distrito Federal —, com o objetivo de
garantir a vitória do conservadorismo nas eleições de 2026. Convidada do CB.Poder —
parceria entre Correio e TV
Brasília — desta segunda-feira (1º/7), a senadora afirmou que a
dificuldade atual é escolher um nome específico para disputar a eleição no DF,
em meio a tantas alternativas, e afirmou estar criando um “grupo político” para
buscar unificar o pensamento conservador na unidade federativa.
Contudo,
Damares assegurou que o próximo governador será conservador. “O DF será
conservador em 26. Disso nós temos certeza. É certo. Nós temos bons nomes para
disputar, direita e centro direita, no DF. Nós temos Celina (Leão), que
aparece, nós temos uma Michele (Bolsonaro), que pode ser uma governadora
também, nós temos um Izalci (Lucas) que está aparecendo, nós temos uma Paula
Belmonte que, já ouvi falar, que está sinalizando nesse sentido, então, bons
nomes estão aparecendo. Tem Damares também! Deixa eu botar meu nome aqui
também. Então, eu acredito que nós temos bons nomes. O difícil vai ser todo
mundo fechar em torno de um nome. Aí eu olho para a esquerda: quem são os nomes
da esquerda? Está difícil. E esse cenário se repete a nível nacional. Temos bons
nomes na direita e eu não consigo ver o nome para suceder o presidente Lula.
Mas aqui no DF, a gente vai ter que ter o cuidado de unir essa direita, e eu
estou nesse papel”, explicou.
A
senadora anunciou no domingo (30/6) a criação de um grupo político no DF, que
visa unificar pessoas de diferentes partidos e que estão “preocupadas” com a
capital federal. Apesar de não excluir a possibilidade de torna-se candidato
nas próximas eleições para o Buriti, Damares argumentou que a atual posição que
ocupa — não estando em campanha — a possibilita de participar da coordenação da
"unificação do conservadorismo" do DF.
“Eu
quero estar nessa coordenação, porque eu não sou candidata a nada. A gente
brinca muito com o meu nome, mas eu não sou candidata a nada. Pelo menos não
agora. E eu quero trabalhar para unir todo mundo. E eu tenho um grupo político.
As pessoas pensam que não, mas eu queria anunciar aqui no CB.Poder que
eu tenho um grupo político e meu grupo político está se reunindo e nós temos
propostas para o DF. É um grupo suprapartidário e eles bricam assim, dizendo
que é o 'grupo da Damares'. Tem pessoas de diversos partidos comigo caminhando,
nós estamos preocupados com o DF, o DF precisa de um choque de gestão”,
reforçou.
Damares
explicou que existe uma forte articulação em torno do nome da atual
vice-governadora do DF, Celina Leão (PP-DF), para liderar a disputa pelo
próximo governo estadual. Contudo, afirmou ter um projeto ainda mais ambicioso
para a vice-governadora, e defendeu que o próximo governo federal deveria ter
uma representante mulher — senão como presidente, pelo menos como
vice-presidente —, para o qual Leão seria uma forte indicação.
“Celina
não é só o DF. Celina pode ser um projeto de Brasil também, então pode ser um
projeto brasileiro. Ela vai ficar muito brava, porque eu nunca falei sobre isso
com ela, meu Deus, lá vou eu dar um furo aqui. Mas eu acho que eu acho que o
próximo governo federal vai ter que ter uma mulher, pelo menos como
vice-presidente — senão presidente, como vice — e, se for uma junção de
partidos e o PP tiver nessa indicação, Celina é um nome forte dentro do PP. Tem
duas grandes mulheres, a Teresa Cristina e Celina, e a Celina é tida como uma
grande articuladora, uma mulher de diálogo. Isso é uma característica que está
ali na Celina, todo mundo sabe disso. Michele já falou que apoia a Celina, eu
já falei no passado também, mas eu repito: muitas águas podem rolar debaixo
dessa ponte”, sinalizou.
Cenário
nacional: Sobre as eleições presidenciais de 2026, Damares Alves disse
que, apesar de ser um forte candidato e pertencerem ao mesmo partido, o
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), está em um
“mega-projeto” em São Paulo e somente seria candidato caso aceitasse um “grande
desafio de nação”. A senadora citou alguns nomes que poderiam preencher o papel
do candidato conservador para o pleito e, apesar de não apresentar uma opção
consolidada, afirmou que, assim como o DF, o Brasil será “direita” em 2026. (
Vídeo ~~~)