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Entrevista: GDF investirá R$ 1,48 bi em projetos de diferentes áreas este ano

GDF investirá R$ 1,48 bi em projetos de diferentes áreas este ano. Secretário de Governo, José Humberto Pires, destacou, em entrevista ao Correio, obras em áreas, como saúde, educação e segurança

O Governo do Distrito Federal (GDF) prevê um investimento de aproximadamente R$ 1,48 bilhão em obras para este ano, afirmou José Humberto Pires, secretário de Governo, durante o programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quarta-feira (24/7). Às jornalistas Mariana Niederauer e Mila Ferreira, o chefe da pasta também apontou os motivos de Brasília ser uma cidade propícia a investimentos em empreendedorismo graças à infraestrutura, ao consumo e à redução de burocracia.

O senhor poderia falar sobre o valor investido nas obras do DF este ano? Para o ano todo a nosso investimento será de R$ 1,48 bilhão, que são as obras em diversas áreas do DF. Estamos investindo em saúde, educação, segurança, área social, como é o caso dos restaurantes comunitários; na Secretaria de Agricultura, com canais de abastecimento de água para os produtores, e na renovação de áreas rurais. Sem contar aplicações de recursos em esporte e cultura; o próprio Teatro Nacional, vamos entregar no início do ano que vem. Estamos fazendo obras em várias áreas.

Existe um trabalho multidisciplinar com as secretarias para que essas obras de infraestrutura atendam o que cada área precisa? Esse é exatamente o meu trabalho. Eu me reúno com as 19 áreas de obras e faço essa integração. Todas essas obras são demandas da comunidade. A população pede, a demanda vira projeto, vem o recurso, licitamos a obra, a realizamos, e entregamos para as pessoas. Tudo isso é feito com integração, temos um grupo que faz exatamente esse trabalho.

Temos Brasília como um polo de investimento de empreendedorismo. A capital é a quarta melhor cidade para empreender no Brasil, como o governo está tratando isso para torná-la ainda mais atraente? Três fatores que nos colocaram nessa condição. O primeiro é a infraestrutura, vocês estão vendo essa revolução que está sendo feita na cidade, porque o ambiente de negócios não se compõe somente de obra física, temos de olhar para segurança, iluminação, estacionamento etc. Estamos com esse panorama muito bom. Outro ponto é a questão do consumo, temos um mercado maravilhoso, o poder de compra do brasiliense é alto, e em Brasília as pessoas são muito empreendedoras, faz parte do cidadão daqui. Fora isso, temos um funcionário público que, quando se aposenta, busca abrir um negócio, empreender. O terceiro e último ponto é a simplificação e redução da burocracia. Hoje estamos com uma velocidade muito grande para aprovar os alvarás. E temos outras questões fundamentais, como a Junta Comercial que está toda digitalizada — em 13 horas liberam a documentação para as empresas funcionarem. Além disso, temos uma política muito interessante que é o Desenvolve-DF. Esse programa possibilita a vinda de grandes empresas que desejam vir para o DF. Temos as áreas de desenvolvimento econômico, onde a interessada seleciona o terreno, fazemos um contrato e ela pode investir na cidade.

Muitas obras estão em andamento e têm causado congestionamento, quando que isso vai começar a melhorar? Nosso planejamento de obras vai até o fim de 2026. Todas as obras que tiverem condições de serem finalizadas dentro do mandato do governador Ibaneis Rocha (MDB), terão a velocidade necessária para serem finalizadas e entregues. Algumas obras vão passar o mandato e irão ficar para o próximo governante como legado. Hospitais, por exemplo, esses não terminam no governo Ibaneis, mas ficarão como legado para o próximo governador. Na parte de mobilidade, todas estão planejadas para terminar até 2026, exceto o caso do BRT Norte, esse não é possível, porque ele está sendo realizado em três etapas. A etapa que ficará pronta dentro do governo é a que vai da Asa Norte até Sobradinho, as demais ficarão para o próximo. Isso — congestionamentos — incomoda? Sim, mas os moradores começam a perceber os benefícios.

E a Avenida Hélio Prates, recentemente o GDF anunciou que rompeu o contrato com a empresa que realizava o trabalho e agora ficará a cargo da Novacap. Qual é a nova previsão da obra? Essa obra realmente foi um problema muito grave, porque, quando fazemos a licitação, exigimos das empresas certificado das capacitações, e quando fazemos a análise técnica, confirmamos que a empresa selecionada está em condições de realizar o serviço. Mas não se sabe como está a saúde financeira da empresa, esse foi um caso desse tipo, a escolhida não tinha condições de terminar o trabalho e o governo agiu rapidamente. Terminamos o contrato e vamos licitar o resto da obra nos próximos 30 dias. Essa reforma não vai ocorrer no período de chuvas e toda a parte que foi aberta ficará pronta dentro do mesmo período. É importante dizer que não podemos deixar de fazer a obra, pois ela faz parte do corredor Oeste do BRT.

E o Pistão Sul? Está indo muito bem e temos uma novidade, além dele estar sendo todo requalificado com calçadas, ciclovia, pavimentação e ampliação, vamos fazer um microrrevestimento no Pistão Norte. Ou seja, estamos fazendo a reforma do piso no Pistão Norte e, quando entregarmos a obra, vamos ter o Pistão Norte revestido e o Pistão Sul totalmente pronto. Aquela alça de Taguatinga que passa em frente ao Taguaparque e a Região Sul, ficará totalmente revitalizada. Eu também gostaria de ressaltar aos moradores que, em relação ao viaduto no Riacho Fundo I, vamos liberar uma parte dessa obra em 29 de agosto. A mesma coisa para o viaduto do Jardim Botânico. Pretendemos liberar uma parte dele na primeira quinzena do próximo mês.

O senhor poderia falar sobre o BRT Norte, a terceira faixa e a DF-140? Queremos entregá-la em outubro ou novembro no máximo. A obra está indo muito bem, mas infelizmente tivemos alguns problemas na época de chuva e peço perdão aos moradores daquela região. A terceira faixa de Sobradinho também está indo muito bem, estamos com essa ampliação e é importante dizer que o BRT é uma obra estruturante, essa terceira faixa ficará pronta antes do BRT.

Como a nova frota de ônibus vai impactar a vida dos moradores? Temos aproximadamente 3 mil ônibus circulando no DF, desses, 2.700 atendem há sete anos (de uso) e a renovação vem sendo feita. Ontem (terça-feira) foi o dia da Piracicabana renovar 40 unidades que vão atender a área Norte da cidade. São os ônibus modernos e que temos de mais atual no Brasil, e trazem conforto para os motoristas e usuários. Os veículos ajudam também o meio ambiente, pois eles dependem menos da queima de combustível, o motor deles é mais silencioso e tem outra forma de combustão.

E os investimentos que serão feitos na expansão do Metrô também serão destinados a questões de segurança nos vagões? No Metrô, temos três coisas importantes: tecnologia, os trens e a linha. Na linha onde passa o metrô, estamos começando a obra de expansão em Samambaia, isso vai ser muito importante, porque até o fim da cidade teremos a linha ampliada. Em torno de 40 mil moradores poderão usufruir desse benefício. A tecnologia também é fundamental, estamos com uma licitação no sentido de modernizar a gestão com tecnologia, que é o monitoramento de todo o sistema. E a outra é a troca dos trens, eu estive no Ministério de Transporte, estou indo ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e à Casa Civil para apresentar um projeto de R$ 900 milhões para a troca dos trens. Essa linha nova terá essas atualizações, mas precisamos melhorar o que temos. De fato, o Metrô tem muito com baixo nível de investimento, mas o governo Ibaneis está trabalhando esse tema. (Vídeo ~~~)

Estamos chegando perto da época das chuvas, como estão as obras do Drenar-DF para evitar problemas como os de fevereiro? Temos 18 pontos de atenção no DF. Esse mapeamento foi feito pela Defesa Civil e por nossas equipes. Todas essas áreas estão sendo observadas. O governador vai assinar um decreto, no mais tardar na semana que vem, renovando aquele grupo de atenção para esses desastres naturais decorrentes das chuvas. Em relação ao Drenar-DF, está indo muito bem, a expectativa é que, em outubro ou novembro, a etapa que está sendo feita agora esteja em funcionamento. O Drenar-DF tem três etapas, a primeira resolve o problema que temos do Estádio Mané Garrincha até as primeiras quadras do Plano Piloto, ali pelas 400. Está sendo feita uma bacia de contenção dessa água em frente ao Iate Clube de Brasília. As outras duas etapas passarão por licitação, neste segundo semestre a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) está preparando uma licitação. Neste momento podemos dizer que estamos com três obras significativas no que diz respeito à drenagens, a da Hélio Prates, próximo ao Shopping JK; a do Pistão Sul, onde estamos alargando as redes e galerias, e temos a obra do Drenar-DF.

Para os alagamentos da Universidade de Brasília ainda não serão trabalhados nessa etapa, não é? Não, será na segunda etapa.


Luis Fellype Rodrigues – Foto: Ed Alves/CB – Correio Braziliense




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