Mulheres vítimas de violência doméstica que moram
no Distrito Federal passam a contar com um importante auxílio para sair dessa
situação: o aluguel social. A medida foi regulamentada pelo Governo do Distrito
Federal (GDF) nesta terça-feira (9), em evento no Palácio do Buriti.
O aluguel social representa uma assistência
financeira temporária e complementar, com duração inicial de seis meses,
podendo chegar a 12 meses, para vítimas de violência doméstica em situação de
extrema vulnerabilidade econômico-social.
A norma busca assegurar que mulheres arquem com as
despesas de moradia sem comprometer as condições básicas de sustento, como
alimentação e itens essenciais de higiene e limpeza. O decreto assinado pela
governadora em exercício Celina Leão nesta terça (9) regulamenta a lei nº
6.623/2020, de autoria do deputado federal Rafael Prudente.
A violência doméstica, para fins deste decreto, é
definida conforme a Lei Maria da Penha (lei federal nº 11.340/2006), abrangendo
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause lesão, sofrimento físico,
sexual, psicológico, dano moral ou patrimonial. (Vídeo ~~~)
Regulamentação: Caberá à Secretaria da Mulher do Distrito
Federal (SMDF) cuidar de todo o processo administrativo, incluindo a análise e
o parecer técnico-social, além de acompanhar as beneficiárias durante o período
de concessão do aluguel social. Em caso de descumprimento dos requisitos
estabelecidos, a assistência poderá ser cancelada, sempre com a devida
comunicação à beneficiária.
Para a titular da pasta, Giselle Ferreira, o
aluguel será um importante meio de fortalecimento das vítimas de violência
doméstica. “A gente quer que seja muito mais do que um auxílio, que elas
participem dos nossos equipamentos públicos para darmos orientação psicológica,
capacitação, e para ser a porta de entrada e a porta de saída contra a
violência doméstica”, afirma.
“Sem dúvida nenhuma, [começa] no registro da
ocorrência, que é necessário, e para isso a gente tem que ter verdadeiras
campanhas, na entrega de um dispositivo para que a mulher possa, então, acionar
rapidamente as forças de segurança pública e, sobretudo, nessa mudança
cultural. É preciso acabar com aquele velho chavão de que em briga de marido e
mulher não se mete a colher. Muito pelo contrário: todos temos que meter a
colher, todos temos que impedir que esse tipo de violência continue. E, para
isso, a gente demanda essa necessidade de mudança cultural. A mudança está
vindo, graças a Deus, em tempo de a gente poder colher bons resultados”,
ressalta. (Galeria de Fotos ~~~ https://flic.kr/s/aHBqjByWva