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Mais uma tentativa de trazer mais transparência para a eleição

Mais uma tentativa de trazer mais transparência para a eleição

Nesta semana deve ser protocolado um projeto de lei sobre contagem pública de votos. É algo essencial e que tem de ser feito logo, porque faltando um ano para a eleição não se pode mais mudar a lei eleitoral. Todas essas confusões recentes no Brasil têm origem no fato de as pessoas não entenderem como seu voto está sendo contato, pois é tudo um mundo digital, hermético, impossível de auditar. Até a Venezuela nos deu um exemplo: Nicolás Maduro fez uma gozação com o Brasil, e no fim ele demonstrou que tinha razão, embora tenha perdido a eleição e não esteja obedecendo o resultado. Todos ficaram sabendo que, com 83,5% das urnas apuradas, o embaixador Edmundo González estava fazendo o dobro de votos de Maduro, que encerrou a contagem, encerrou tudo. Ele tinha a obrigação de entregar o poder agora, em janeiro, para o vencedor da eleição, que todos sabem quem é.

Os tribunais europeus não aceitam uma contagem que não seja compreendida pelo eleitor. É preciso fazer alguma coisa a respeito disso, como foi com o PL 943/2022. Várias vezes houve tentativas de acabar com as dúvidas na eleição, mas o Supremo derrubou três vezes. Eu já falei, aqui, de projetos apresentados por Flávio Dino, Brizola Neto, Roberto Requião, Jair Bolsonaro, todos projetos aprovados no Congresso e derrubados depois no STF.

CACs dispararam no governo Lula: As questões de segurança pública voltaram com força depois daquele episódio em que um PM jogou uma pessoa de uma ponte em São Paulo. Diziam que Bolsonaro estava estimulando o aumento no número de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs), mas vejam só: no fim do governo Bolsonaro havia 803 mil registros de CACs; agora, no governo Lula, temos mais que o dobro disso: 1,959 milhão de registros. Isso sem contar aqueles que têm armas nos territórios liberados pelo crime.

São Paulo continua a ser o estado com menor índice de homicídios: Em São Paulo, o contingente de PMs é de quase 90 mil. É a maior polícia, quase o mesmo número de recrutas alistados anualmente no Exército. E o estado tem o menor número de homicídios relativo à população: 5,11 homicídios por 100 mil habitantes. Lá no Ceará, com governo do PT, são 34,35 homicídios por 100 mil habitantes, mais de seis vezes o número paulista. Os outros estados que mais têm homicídios em relação à população, além do Ceará, são Pernambuco, Alagoas, Pará, Bahia e Maranhão. Já os que têm menor número de homicídios, depois de São Paulo, são Santa Catarina, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Minas Gerais.

No Brasil, primeiro inventam o crime e só depois fazem a lei – ou nem isso: Falando em crime, a Constituição diz, no artigo 5.º, XXXIX, que ninguém pode ser processado se não houver lei anterior definindo o crime. E os juristas dizem que não existe crime de “fake news”, de negacionismo, de “discurso de ódio”, e muito menos crime de opinião; muito pelo contrário, a Constituição diz que é livre a expressão do pensamento, vedado o anonimato, e também é vedada a censura. Mas não é o que temos visto.

Com jornada 4x3, brasileiro passaria a maior parte do ano sem trabalhar: No Correio Braziliense, José Pastore, um grande entendido em legislação trabalhista, mostrou que, se passar a proposta que troca a jornada de trabalho de 6x1 pelo 4x3, o brasileiro não trabalhará em 192 dias por ano, ou seja, ficará mais da metade do ano sem trabalhar. E de onde é que vão tirar riqueza? A riqueza é produzida pelo trabalho, qualquer tipo de trabalho. Sem trabalho não se produz riqueza, e quem não produz riqueza está sendo sustentado por quem produz.

Superior Tribunal Militar terá mulher civil na presidência: Para terminar, duas notícias do Judiciário. O ministro Herman Benjamin, presidente do Superior Tribunal de Justiça, negou um pedido de habeas corpus contra Vladimir Putin, pedindo a sua prisão. O ministro disse que o pedido é inusitado e desprovido de fundamento. E o Superior Tribunal Militar, que está passivo em relação às prisões de oficiais da ativa, agora é presidido por uma mulher. Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha é uma advogada que sempre esteve no serviço público: trabalhou no Ministério da Cultura, no Tribunal Regional do Trabalho, na Câmara dos Deputados, no Tribunal Superior Eleitoral, e foi subchefe jurídica da Casa Civil de Lula, que a indicou. Seu vice será o presidente que está saindo, tenente-brigadeiro Joseli Camelo, que achou que só pode fazer “julgamento ético” dos oficiais da ativa que foram presos e indiciados pela Polícia Federal.


Alexandre Garcia – Foto: ASICS/TSE) – Gazeta do Povo




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