Frágil. Essa foi a palavra usada pelo
advogado Andre Marsiglia para resumir a peça de denúncia apresentada pela PGR
nesta terça (18), sobre o suposto esquema de golpe liderado por Jair Bolsonaro.
Acredito ser até um elogio do jurista. Não sou especialista no tema, mas creio
que nem precisa ser para perceber o roteiro de ficção apresentado como “prova”
de um crime tão terrível como um golpe de Estado.
O ChatGPT também pode fazer um breve
resumo do troço, e apontar: Excesso de Discurso e Falta de
Objetividade; Indeterminação na Individualização dos Atos e dos Agentes;
Mistura de Matéria Fática e Jurisprudencial/Doutrinária; Interpretação
Inadequada dos Dispositivos Penais e Constitucionais; Confusão Entre Liberdade
de Expressão e Incitação à Violência; Utilização Excessiva de Precedentes Sem a
Devida Contextualização; Saltos Lógicos e Falta de Coerência na Narrativa;
Generalizações e Conclusões Precipitadas; Uso de Elementos Retóricos e Emotivos
em Lugar de Provas Concretas; Datas Conflitantes e Ambiguidades na Linha
Temporal. Em síntese, a peça acusatória analisada revela graves fragilidades
tanto no aspecto processual quanto na fundamentação doutrinária e lógica.
Ou seja, uma piada de mau gosto! Uma
denúncia preparada pelo sistema que soltou o ladrão e o tornou elegível para
recolocá-lo novamente na cena do crime, como diria seu próprio vice, derrotando
assim o bolsonarismo, como confessou o vaidoso “juiz” que promete
imparcialidade no julgamento de agora. É pura várzea, coisa de país tupiniquim,
republiqueta das bananas.
"Bolsonaro trabalha com o cenário
de reverter sua inelegibilidade, mas parece mais provável o sistema dobrar
novamente a aposta e prendê-lo"
O problema, claro, é que o sistema
detém o poder e não parece disposto a recuar. Ao contrário: vem dobrando a
aposta a cada semana. Por isso não pode ser descartada em hipótese alguma a
prisão de Jair Bolsonaro. É o que seus algozes mais querem, e só não fizeram
isso até agora com receio da reação. No Brasil, não acho que eles temem uma
revolta popular. Mas do governo Donald Trump talvez eles tenham algum medo...
Por isso é importante a notícia de que
a plataforma do próprio presidente, em conjunto com o Rumble, entrou na justiça
americana contra Alexandre de Moraes. Deu até no NYT! A ação denuncia o
“lawfare” do ministro supremo, citando como exemplo o caso de Allan dos Santos.
O ministro tucano determinou, em ordem sigilosa, que o Rumble cancelasse
qualquer conta do jornalista, inclusive nos Estados Unidos, o que claramente
viola a liberdade de expressão garantida pela Constituição americana. Trata-se
de um caso emblemático que pode acarretar consequências graves para Alexandre
de Moraes.
Ninguém sabe exatamente quais serão as
cenas dos próximos capítulos. Mas a grande esperança do Brasil vem mesmo do
governo Trump, já que não vejo qualquer possibilidade concreta de uma revolta
popular que assustasse de verdade o sistema golpista. Confesso que considero
otimismo demais da ala bolsonarista a aposta de que a denúncia da PGR é apenas
um “blefe”. Acham mesmo que o STF vai arquivar ou rejeitar a denúncia,
derrubando assim toda a narrativa fantasiosa do “golpe”, aquela que serve como
pretexto para perseguir toda a direita?
Bolsonaro trabalha com o cenário de
reverter sua inelegibilidade, mas parece mais provável o sistema dobrar
novamente a aposta e prendê-lo. Por isso finalizo com uma suposição: e se
Bolsonaro fosse para a embaixada americana e pedisse asilo como um perseguido
político, que ele claramente é? Seria interessante o dilema diplomático para o
regime comunista brasileiro, não?