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Onde estão os juízes tucanos e petistas?

Onde estão os juízes tucanos e petistas?

Eis o começo da “reportagem” da Folha e SP: “Em decisão unânime, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) condenou a juíza bolsonarista Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a uma segunda aposentadoria compulsória. O ministro Luís Roberto Barroso presidiu o julgamento virtual no último dia 21. Ludmila apoiou ostensivamente a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência, em 2018. Participou de atos político-partidários e criticou os tribunais superiores. Na pandemia, instigou a população a não usar máscaras anti-Covid”.

Sobre a defesa da liberdade de usar ou não máscara, bem, o tempo mostrou que a “juíza bolsonarista” Ludmila Grilo tinha razão. Mas o ponto aqui é outro: por que não existe, para a velha imprensa, juiz petista ou tucano? Por que só existe “juiz bolsonarista”, assim como “empresário bolsonarista”? Por onde andam os juízes e empresários petistas e tucanos? Afinal de contas, eles existem, não?

“Pergunto-me se essa velha imprensa acha que ainda engana alguém com essa tática ridícula, mas sei que é em vão questionar isso: ela vai continuar fazendo a mesma coisa, tentando depreciar todos os conservadores e proteger todos os comunistas”

O próprio Barroso, que presidiu o julgamento de Ludmila Lins Grilo, já confessou num convescote de comunistas da UNE: “Nós derrotamos o bolsonarismo”. Ora, o bolsonarismo disputava a eleição com o tucanopetismo de Lula e Alckmin. Então seria o caso de colocar Barroso no time dos “juízes tucanopetistas”, não? Alexandre de Moraes, que persegue de forma implacável os bolsonaristas, já foi até filiado ao PSDB e trabalhou em gestão tucana. Por que a Folha jamais se referiu ao ministro como um “juiz tucano”? Nem mesmo Flávio Dino, o comunista que era ministro de Lula até “ontem”, recebe o rótulo de “juiz petista”. Só existem “juízes bolsonaristas”?

Claro que a pergunta é retórica. Conhecemos o modus operandi a velha imprensa e sabemos exatamente por que ela faz isso, tentando depreciar aqueles juízes e empresários que nutrem simpatia política pela direita, enquanto fingem que os esquerdistas não são esquerdistas, mesmo quando militantes escancarados. Vale o mesmo, aliás, para a própria imprensa: temos os “blogueiros bolsonaristas”, mesmo quando são jornalistas que passaram pelos principais veículos de comunicação, mas nunca ouvimos falar de “blogueiros petistas”, mesmo quando o “jornalista” só falta usar broche do PT!

Pergunto-me se essa velha imprensa acha que ainda engana alguém com essa tática ridícula, mas sei que é em vão questionar isso: ela vai continuar fazendo a mesma coisa, tentando depreciar todos os conservadores e proteger todos os comunistas. Afinal, as redações dos jornais estão repletas de comunistas, e é mais fácil encontrar um unicórnio do que um conservador nelas! 

O resultado desse visível viés ideológico é a morte do jornalismo. “A reportagem não conseguiu ouvir a juíza”, diz trecho da Folha. A própria juíza Ludmila Grilo rebateu: “Não conseguiu porque SEQUER TENTOU. Procurei mensagem de vocês na DM de todas as minhas redes, não encontrei nada. Mentirosos. No mais, quanto à máscara, eu estava CERTA. É isso que dá ser mais inteligente que os demais, a gente percebe os erros antes e é julgado por pessoas inferiores”.


Rodrigo Constantino - Foto: Reprodução/Redes Sociais/Ludmila Lins Grilo – Gazeta do Povo




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