Nikolas Ferreira, mais uma vez, é um
herói, não é? Ele fala, e o país treme. Não sei em quanto está o número de
visualizações do que ele disse sobre o escândalo na Previdência. Em 24 horas,
já havia ultrapassado 100 milhões. As televisões morrem de inveja. Em vez de
criticarem a corrupção, criticam o Nikolas. É incrível. É aquela velha
história: preferem atacar o mensageiro, não a mensagem. Inacreditável.
O ex-ministro da área social do governo
Bolsonaro, Onyx Lorenzoni — que mora aqui perto, mas também vive em Portugal,
onde faz doutorado — me lembrou algo importante: assim que o governo Bolsonaro
começou, foi editada a Medida Provisória 871, de 2019, com o objetivo de
moralizar essa questão dos descontos na folha. Essa MP obrigava a CONTAG a
fazer um recadastramento anual dos descontos. Na Câmara, alteraram para
tri-anual — já dando uma "aliviada" —, mas a medida permaneceu.
Depois, veio um decreto de Bolsonaro
que praticamente exigia a presença física do aposentado ou pensionista para
autorizar qualquer desconto. Nada de assinatura que pudesse ser forjada. A
validação deveria ser por ligação telefônica ou aplicativo. Mas, em 2023, a
esquerda derrubou tudo isso. Boa intenção? Os fatos mostraram o contrário.
Logo de cara, os descontos
multiplicaram por cinco. E continuaram a crescer, em progressão geométrica. Um
verdadeiro escândalo. Fica aqui o registro desse caso.
Prisão e censura: E mais: o
advogado Luiz Felipe Pereira da Cunha me informou que sua cliente, Adalgisa
Maria Dourado, finalmente foi para casa. Adalgisa estava em profunda depressão,
com tendências suicidas, havia caído no corredor do presídio e mal conseguia
caminhar. Idosa, nunca havia sido presa antes, e foi condenada a 16 anos e
meio. Não matou ninguém.
Agora, está em casa, mas com
tornozeleira eletrônica. Só pode receber visitas de parentes — que precisam
estar cadastrados. Está proibida de usar redes sociais e de dar entrevistas.
Não pode contar a ninguém o que viveu no presídio. Acompanhou um grupo que foi
a Brasília no 8 de janeiro, com a intenção de participar de uma manifestação
pacífica, que acabou virando um tumulto.
Imagens do Palácio do Planalto mostram
que houve um "esquadrão precursor", que entrou antes e foi bem
recebido por ninguém menos que o então ministro do Gabinete de Segurança
Institucional, General G. Dias. Ele sequer foi investigado. Uma situação, no
mínimo, estranha.
Privilégio que virou norma: Ontem
entrou em vigor uma lei, publicada no Diário Oficial da União, que agrava as
penas para quem agredir fisicamente juízes, promotores, oficiais de justiça e
defensores públicos. As penas podem aumentar de um terço até dois terços. Por exemplo:
se alguém for condenado a 21 anos, com o agravante pode chegar a 28 (com um
terço) ou até 35 anos (com dois terços).
Além disso, a nova lei prevê segurança
especial para esses profissionais: transporte blindado, colete à prova de
balas, vaga garantida em escola pública para os filhos, possibilidade de
trabalho remoto. E se a agressão causar lesão corporal grave ou resultar em
morte, será enquadrada como crime hediondo.
Mas o que diz a Constituição, em seu
artigo 5º, cláusula pétrea? Que todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza. E viva o Brasil!
O inchaço do Congresso às custas do
contribuinte-E só para terminar: disseram que o aumento no número de deputados
federais não traria despesa alguma. Pois bem: aumentaram 18 cadeiras. Não são
mais 513, agora são 531 deputados federais. A consequência disso? Mais 30
deputados estaduais. E, claro, nenhuma despesa nova... porque os pagadores de
impostos estão sempre aí para cobrir tudo.
E um pouco mais do Rio de Janeiro:
agora, até o Flamengo é alvo de tiros. O time havia chegado de um jogo na
Argentina, desembarcou no Galeão e os jogadores seguiram para suas casas. O
goleiro, ao trafegar pela Linha Amarela, teve seu carro atingido por quatro
disparos numa tentativa de assalto.
Enquanto isso, o prefeito Eduardo Paes
continua promovendo grandes shows em Copacabana. Que beleza! Mas, com esse
nível de insegurança, o Brasil jamais vai conseguir atrair investidores.