Lula em Moscou aderiu ao eixo político
anti-americano. Em Pequim, ou Beijing, aderiu a um eixo econômico, abrindo o
Brasil para a China. Foi anunciado que haverá investimentos em delivery,
veículos, química, indústria farmacêutica, bebidas, mineração, informática e,
aí, entra inteligência artificial. Uau. Vão concorrer com brasileiros.
Imagino: delivery? Vão concorrer com o
motoboy brasileiro? É isso? Uau. E Lula disse: “Brasil e China são parceiros
incontornáveis, porque o Brasil precisa da China e a China precisa do Brasil.”
Lá do outro lado do mundo, um precisa do outro. De repente, passou a
precisar... no governo do PT.
Em Moscou, Lula deu uma entrevista
dizendo que o escândalo dos descontos aplicados a idosos fragilizados, que
recebem benefícios do INSS, não envolveu dinheiro público, mas sim o dinheiro
deles, dos próprios idosos. Vocês entenderam? Se não entenderam, é porque não
fazem parte do público para quem o presidente da República acha que pode apresentar
uma falácia.
Ao dizer isso, ele está supondo que as
pessoas não têm neurônios. Sim, o dinheiro nasceu do nada e foi parar no bolso
dos aposentados e pensionistas como por mágica. Está enrolando.
Tenta responsabilizar o governo
anterior, que, ao contrário, editou uma medida provisória e depois um decreto
justamente para proteger aposentados e pensionistas de descontos não
autorizados. Estabeleceu métodos e exigências de cadastramento que a esquerda,
por sua vez, tentou suavizar — como o caso do recadastramento anual que passou
a ser trienal — e depois trabalhou para derrubar completamente, alegando que os
sindicatos estavam sendo prejudicados.
O resultado? Quando chegou ao governo
Lula, os descontos dispararam. Subiram como um foguete.
Agora, até um ex-senador está
reclamando: Jaime Campos, de Mato Grosso, afirmou que foram descontados R$
1.100 de sua aposentadoria desde março de 2024. Até senador foi enganado.
Segundo ele, não autorizou nada.
O valor foi cobrado por uma tal “Caixa
de Assistência de Aposentados e Pensionistas”, que está na lista de entidades
sob investigação.
CPI que o governo teme e tenta enterrar
nos bastidores: Enquanto isso, a ministra Gleisi Hoffmann e o líder do
governo na Câmara, José Guimarães, se movimentam para evitar a instalação de
uma CPI mista sobre o caso — formada por deputados e senadores. No Senado, a
CPI está praticamente garantida. Mas Lula levou o senador Davi Alcolumbre para
Moscou e para a China.
Com Alcolumbre, nada anda. E Hugo Motta
está no centro da discussão sobre o que a Câmara fará. Agora, a Casa deve
responder ao Supremo Tribunal Federal, depois que a Primeira Turma decidiu, por
unanimidade, que a resolução da Câmara — aprovada com 319 votos e convertida em
lei — “não é bem assim”. Ou seja: o Supremo tem mais poder sobre leis do
Legislativo do que o próprio Legislativo.
Críticas a Trump revelam o atraso do
Planalto: Voltando à viagem de Lula à China, o presidente leu um discurso
desatualizado. Enquanto Estados Unidos e China anunciavam um acordo sobre
tarifas, Lula criticava as tarifas de Donald Trump — que nem estão mais em
vigor. Na época de Trump, os EUA aplicavam 145% de tarifa sobre a China, que
revidava com 125%. Atualmente, a China cobra 10% sobre os EUA, e os EUA, 30%
sobre a China.
Alguém precisa avisar Lula antes dele
discursar. Talvez sua assessoria não entenda chinês... Pode ser isso.
Quando o assistencialismo desestimula o
trabalho: E, por fim, cito palavras do ministro do Tribunal de Contas da União,
Augusto Nardes, ex-deputado por muitos mandatos, do Rio Grande do Sul. Ele
lembrou o óbvio: estão dando muitos benefícios. Bolsa isso, bolsa aquilo, bolsa
de todas as formas. Resultado? As pessoas não querem mais trabalhar, porque
recebem a bolsa. Só que o governo não cria riqueza — quem cria é o pagador de
impostos.
E a conta é simples: cada vez mais
pessoas recebem, e proporcionalmente menos pessoas produzem. Como disse Augusto
Nardes: “Tem que ensinar a pescar. Porque há poucos pescadores e, daqui a
pouco, vai faltar peixe para quem só quer comer e não quer pescar.”
Parabéns Alexandre Garcia. Como sempre exemplar.
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