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Presos do 8/01 não aceitam PL da Dosimetria

Presos do 8/01 não aceitam PL da Dosimetria (~~~Vídeo^^^)

Um levantamento realizado pela Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro (ASFAV) com 123 presos e seus parentes aponta que a esmagadora maioria (96,7%) apoia uma anistia "ampla, geral e irrestrita" para os envolvidos nos atos. Os dados mostram que os acontecimentos fazem parte de uma perseguição política movida pelo "regime PT-STF".

A pesquisa expõe um claro posicionamento dos afetados pelas ações judiciais. Apenas quatro dos 123 entrevistados se manifestaram contra a anistia, e a justificativa seria o desejo de ver os processos extintos para que não carreguem a "pecha de criminosas" pelo resto da vida, em vez de serem apenas perdoados por crimes que alegam não ter cometido.

A anistia é vista pela maioria como o caminho mais viável para acabar com as prisões e perseguições, uma vez que sua aprovação é de competência do Congresso Nacional, enquanto a anulação dos processos dependeria do próprio Judiciário, que até o momento não sinalizou qualquer intenção de "corrigir seus próprios erros".

Rejeição a soluções parciais: O levantamento também questionou propostas alternativas à anistia ampla. Uma anistia parcial, que abrangesse apenas os crimes considerados mais graves, como golpe de Estado, foi rejeitada por 78% dos entrevistados. O motivo seria o fato de que essa medida deixaria de fora a maioria dos réus, já que das 1.628 ações penais abertas, 1.110 são relativas a crimes de menor gravidade.

A proposta de redução de penas, conhecida como "PL da dosimetria" e associada a políticos como Paulinho da Força, Aécio Neves e Michel Temer, enfrenta uma oposição ainda maior. De acordo com a pesquisa da ASFAV, 81,3% dos entrevistados disseram "não" à ideia, enquanto apenas 4,1% manifestaram apoio direto. Outros 14,6% se mostraram abertos a considerar a alternativa, mas condicionaram sua aceitação ao tamanho da redução das penas.

O contexto das prisões e a visão dos afetados: Os números relacionados ao 8 de janeiro revelam um "processo de perseguição judicial". Até o momento, mais de 2.000 pessoas foram investigadas, resultando em 1.628 ações penais e 518 condenações. Muitas dessas condenações ocorreram "de baciada, sem individualização da conduta", o que é contrário à lei penal. Além disso, 552 pessoas teriam assinado acordos de não persecução penal, assumindo crimes que "nunca cometeram" apenas para se livrarem da prisão ou da tornozeleira eletrônica.

O depoimento de C.L. de Souza Anot, que se identifica como "presa política do 8 de janeiro e hoje asilada política", diferencia "dosimetria", que seria uma medida jurídica para criminosos comuns, de "anistia", que compete ao Congresso e se aplicaria a atos de natureza política. Ela afirma que as pessoas envolvidas no 8 de janeiro não cometeram crimes penais, mas sim atos "constitucionais", pois "falar de política nunca foi crime". Embora pessoalmente não aceite a redução de pena por se considerar inocente, ela compreende que outros possam aceitar por desespero, devido a dificuldades financeiras, problemas de saúde e o sofrimento psicológico e familiar.

Essa análise demonstra que os réus são vítimas de uma tirania da toga e da farsa do golpe que nunca houve. Possíveis infiltrados responsáveis pela depredação, a omissão de integrantes do governo Lula e o desaparecimento de imagens das câmeras de segurança quando Flávio Dino era Ministro da Justiça reforçam essa ideia. Por isso o Congresso deve ser pressionado a aprovar o PL da anistia.


Cristina Graeml – Gazeta do Povo


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