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Lula proíbe linguagem neutra e a esquerda se cala

Lula proíbe linguagem neutra e a esquerda se cala 

Nada como a aproximação de um ano eleitoral para fazer a esquerda “abandonar” as pautas inúteis que defende o tempo todo. Na última segunda-feira, 17, Lula sancionou a legislação que veta a utilização da “linguagem neutra” por órgãos públicos em todas as instâncias do país. Claro que isso não se trata de um reposicionamento, mas de pura conveniência política.

 

Para quem não se lembra, membros do governo Lula utilizaram linguagem neutra em diversas ocasiões. O “todes” foi citado por Janja Lula da Silva e por outros participantes em um evento relacionado ao Ministério da Cultura, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, além de ter aparecido em cerimônias dos ministérios da Fazenda e dos Direitos Humanos. Ou seja, a imposição desse tipo de linguagem ocorreu repetidamente nos últimos anos. 


Em 2024, Lula esteve no comício de campanha de Guilherme Boulos, candidato derrotado à prefeitura de São Paulo, e, durante a atração, ambos cometeram o absurdo de cantar o Hino Nacional em linguagem neutra, um total desrespeito a algo que simboliza a identidade e o orgulho nacional. 


O episódio gerou tanta revolta que o psolista teve de excluir a publicação de suas redes sociais, mas a esquerda claramente não se importou. Em março deste ano, foi noticiado que o PT contratou a mesma empresa responsável pelo “hino neutre” para prestar serviços ao partido. 


O mais irônico é que, para além das questões ideológicas e dos prejuízos educacionais que a linguagem neutra causa a uma educação já precária no Brasil, em 2023, ainda enquanto vereador, meu projeto de lei que veda o uso do “e” como gênero neutro em substituição às formas masculina e feminina, preservando a nossa língua portuguesa, foi aprovado com folga em Belo Horizonte. 


Apesar do veto do então prefeito Fuad Noman, derrubamos a rejeição na Câmara e o PL foi promulgado. Como era de se esperar, a esquerda não aceitou uma decisão totalmente democrática e acionou o STF para derrubar a lei, que posteriormente foi declarada inconstitucional pelo Supremo. Curioso como, em momentos convenientes, a Constituição — tão desrespeitada atualmente — é lembrada para decisões específicas. 


Pois bem, durante esse processo, a esquerda promoveu uma série de ataques contra mim, utilizando as mesmas acusações infundadas de sempre. Disseram que eu era transfóbico, que eu não respeitava a inclusão — como se isso fosse inclusão — e por aí vai. 


Tanto Lula quanto seus aliados sabem que a grande maioria da população rejeita totalmente a linguagem neutra, que não é unânime nem mesmo entre os próprios progressistas. 

 

“O posicionamento atual visa meramente a votos, exatamente como fazem ao manipular minorias, fingindo defendê-las” 


Os mesmos que me atacaram agora estão calados, porque são obrigados a aceitar tudo o que o “chefe” diz e faz, ainda que não seja o que a esquerda realmente quer. Uma militante que vive me xingando e que elogiou o Hino Nacional cantado em linguagem neutra, após a decisão contrária de Lula, ressaltou a importância de seguir a norma culta da língua portuguesa e afirmou que a linguagem oficial não é lugar para experimentações. Pois é: isso é exatamente o que eu e praticamente toda a população pensamos, mas que gente como ela só tem coragem de admitir se estiver previsto na cartilha de quem dá as ordens.

 

Esse movimento revela uma característica comum nos militantes mais fanáticos: a completa submissão ao líder, não às ideias. Pensam de um jeito hoje, mas mudam instantaneamente quando a postura oficial da liderança muda. E fazem isso com a certeza de que ninguém cobrará coerência, afinal, o objetivo não é defender valores, mas proteger os seus a qualquer custo.

 

O resultado é previsível: o debate público perde honestidade, as palavras deixam de refletir convicções e passam a apenas replicar ordens. A cada nova decisão, a cartilha ideológica se reescreve, e eles seguem obedecendo, mesmo que isso signifique contrariar o que defendiam com fervor poucos meses atrás. No fim, a grande verdade é simples: para a esquerda, coerência é supérflua. Vale tudo para manter as narrativas. 


Nikolas Ferreira - (Foto: Lula Marques/PT) - Gazeta do Povo 


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