“Esta é a minha décima consulta. Me sinto preparada para o
parto, pois a equipe sempre me atendeu muito bem”, contou Dinara dos Santos,
que tem plano de saúde, mas preferiu fazer o pré-natal na Unidade Básica de Saúde
nº 8, da Asa Sul. Foto: Andre Borges/Agência Brasília.
Índice superior à média nacional contribui para a redução de mortes de mulheres na hora do parto e de bebês.
Nos próximos dias, o pequeno Talles Miguel virá ao mundo para alegrar a vida de Dinara Rodrigues dos Santos, de 26 anos. Com 37 semanas de gestação, a assistente de farmácia não enfrentou qualquer tipo de complicação. O período tranquilo antes do parto deu-se, principalmente, pela preocupação da jovem mãe em estar sempre em contato com profissionais de saúde. E ela não é exceção. Em 2016, 70,9% das grávidas do Distrito Federal fizeram sete ou mais consultas de pré-natal. O índice é superior à média nacional (65,9%).
“Esta é a
minha décima consulta. Me sinto preparada para o parto, pois a equipe sempre me
atendeu muito bem”, contou Dinara, que tem plano de saúde, mas preferiu fazer o
pré-natal na Unidade Básica de Saúde nº 8, da Asa Sul. “Eu achei o atendimento
aqui mais acolhedor, me senti melhor”.
A
cobertura considerada satisfatória na assistência pré-natal tem contribuído
para a redução de mortes de bebês após ou durante o parto no DF. Enquanto a
taxa de mortalidade infantil em Brasília é de 10,6%, no restante do País é de
13,82%.
A inclusão do DF na Rede Cegonha,
em 2011, foi um marco para elevar a qualidade do atendimento na capital
federal. Trata-se de um programa do governo federal que propõe a melhoria na
assistência às mulheres durante a gravidez, no parto, no pós-parto, além de recém-nascidos
e crianças até 2 anos.
Até 7 de
novembro, a quantidade média de consultas pré-natal na rede pública de saúde do
DF era bem superior às quatro consultas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. No
entanto, nessa data, a OMS
revisou as diretrizes e concluiu que as mulheres devem realizar o dobro de
consultas antes de parir. Com isso, a Secretaria
de Saúde vai avaliar se os protocolos serão modificados.
A podóloga
Eliúde Mirelli Szubris, de 28 anos, descobriu que está gravida de três meses há
pouco tempo. Nessa segunda-feira (14), ela fez a primeira consulta pré-natal e
se surpreendeu com o atendimento. “A consulta durou quase 40 minutos e a médica
fez uma avaliação muito criteriosa. Confesso que foi muito melhor do que eu
esperava.”
Mulheres residentes do Entorno procuram assistência no DF
Em 2015, a
Secretaria de Saúde
registrou 59,5 mil partos nas unidades de saúde do DF. Desse total, 13,7 mil
foram feitos em mulheres residentes de outras unidades da Federação, a grande
maioria dos municípios goianos situados no Entorno da capital federal.
Para a técnica
do Núcleo de Saúde da Mulher,
da Secretaria de Saúde, Viviane Albuquerque, quanto mais a gestante é avaliada
por especialistas, menor é o risco para ela e para a criança. “Existem diversos
estudos que confirmam que o comparecimento adequado às consultas diminui as
chances de óbito ou parto prematuro”, destacou.
Até a 28ª
semana de gravidez, a recomendação é que a mãe faça uma consulta por mês. Da 28º
a 36º semana, a cada 15 dias. A partir daí, aconselha-se pelo menos uma
consulta por semana até a data do parto. O pré-natal é feito nas unidades básicas
de saúde, como os postos. Somente os casos de alto risco são direcionados para
os hospitais da rede. Entram nesse grupo mulheres diabéticas, cardiopatas ou
que tomam medicamentos controlados, por exemplo.
Agência Brasília
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