Quando foi presidente da Petrobras, o jornalista José Sergio Gabrielli implantou uma estratégia de comunicação direta com os leitores, por meio do Blog da Petrobras, que irritou os veículos tradicionais de comunicação, mas, ao menos, permitiu que a versão da estatal chegasse ao público. De certa, é essa também a estratégia do jornalista Ugo Braga, que, à frente da Secretaria de Comunicação do Distrito Federal, começou a repudiar publicamente críticas feitas ao governador Agnelo Queiroz. Ontem, ele respondeu a um artigo de Fernando Rodrigues, na Folha, e a uma reportagem de Veja.com. Leia abaixo:
GDF repudia artigo da Folha de S. Paulo e aponta inverdades
Brasília (4/5/13) – O Secretário de Comunicação do DF, Ugo Braga, lamentou hoje, por comunicado ao jornal Folha de São Paulo, artigo impresso nesse periódico este sábado que trouxe inverdades a respeito de suposto descompromisso do governo Agnelo Queiroz com a transparência das ações dessa gestão, segundo ele.
“Talvez o articulista esteja desinformado, mas o Portal da Transparência do Distrito Federal é anterior à Lei de Acesso à Informação (LAI). É, portanto, obra da gestão Agnelo Queiroz em prol da transparência. O Governo do Distrito Federal também foi o primeiro da federação a aplicar a LAI”, sublinhou o secretário.
Na mensagem enviado ao jornal paulistano, Braga ressaltou que “o caso das capas de chuva veio à tona graças ao sistema de transparência implantado na gestão Agnelo”.O titular da Secretaria de Comunicação observou que o autor do texto até mencionou que o governador foi ágil em tomar as medidas necessárias para resolver o problema, contudo o texto dá a impressão que essa atitude seria condenável.
O secretário citou outros incongruências da manifestação do articulista e apontou que “o artigo se desenrola do título ao ponto final num misto de incoerência e desinformação”, de acordo com sua avaliação.
“Dele, porém, pode-se bem aproveitar o desenlace: Brasília sintetiza o Brasil naquilo que ele tem de melhor e de pior, inclusive análises equivocadas da realidade”, indicou o também Porta-Voz do Buriti.
Pediu aos responsáveis pela Folha de S. Paulo que em nome da justiça, o repúdio do Executivo brasiliense fosse apresentado aos leitores desse diário na seção de Cartas dos Leitores.
Veja se equivoca e ignora esclarecimento do GDF
O Secretário de Comunicação do DF, Ugo Braga, esclareceu hoje em carta à revista Veja que houve equívoco em informação divulgada no site desse semanário, e que a publicação ignorou as repostas do GDF, ao contrário da acusação que a mesma fez contra o governo.No quadro ilustrativo da matéria “A militância política falsa (e paga) na internet”, inserida na página web de Veja às 14.52 deste sábado, foi informado que “o governo (do Distrito Federal) fez pouco caso das perguntas do site de Veja”.
“A reportagem afirma, no título, que os políticos listados pagam pela militância política na internet. No caso do governador Agnelo Queiroz, isso não é verdade. Pior ainda, no caso do governador Agnelo Queiroz, o site Veja.com afirma algo que nem o próprio texto da reportagem comprova”, escreveu o secretário.
De acordo com Braga, o Executivo regional e o chefe desse poder não têm absolutamente nada a ver com os alegadamente falsos perfis e blogs mencionados no texto.
Acrescentou que em resposta a jornalista da Veja, antes da divulgação, o GDF informou que não tem qualquer relação com Sérgio Diniz Vieira, apontado pela revista com o criador dos referidos perfis. Isso foi aclarado, mas deixado de lado.
A respeito da divulgação de imagens em links recolhidos pela revista, reitero que se tratava de eventos públicos, imagens que qualquer pessoa poderia recolher. E que o GDF não tem nenhum vínculo com blogs ou perfis listados por Veja, que levantou essas possibilidades.
Braga recordou que o Palácio do Buriti tem por orientação a absoluta transparência dos seus atos, independentemente do meio de comunicação de massa que utilizar.
O titular da Secretaria de Comunicação pediu aos editores de Veja.com que corrigissem as falhas da reportagem e que essa falta de precisão fosse comunicada aos leitores.