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Filippelli pode receber logo o apoio da executiva do PMDB para disputar governo.


Vice-governador do DF deve ter em breve sinal verde do partido para iniciar corrida pelo poder no DF

A edição 1977, de 26 de maio, antecipou um possível rompimento do PMDB com o PT. Com o título “Filippelli espera sinal do PMDB”, o Jornal Opção registrou que o “PMDB tem planos para 2018 e não quer ficar a vida toda tutelando o PT no DF e outras regiões do país. Portanto, Filippelli está com um pé no Palácio do Buriti e outro na margem do rio político. O PMDB tem um plano B que inclui até o Senado. Tudo pode acontecer, incluindo nada”.

Na sexta-feira, 12, morna e sem grandes assuntos políticos, fora os comentários maldosos sobre o fiasco do Dia Nacional de Lutas, Mobilização e Greves, evento em que o PT e seus pelegos imaginavam reconquistar a simpatia do povo, a informação de que o Palácio do Planalto avalia que o PMDB deve ficar fora da base em 2014. A notícia foi uma ducha de gelo no PT do Distrito Federal e os ideólogos do governo do doutor Agnelo Queiroz. Eles acreditavam que poderiam manter o PMDB comandado pelo vice-governador Tadeu Filippelli sob rédeas curtas. O plano, segundo uma fonte revelou ao Jornal Opção na quinta-feira, 11, seria “cozinhar o PMDB em fogo brando até o fim do prazo para coligações”. Passada essa data, o PMDB teria que se contentar com, no máximo, lançar candidatos a deputado federal, caso quisesse permanecer na aliança.

Agnelo parece que ainda não percebeu que o PT, mais do que qualquer outro partido, está numa encruzilhada: volta a ser o que era ou segue sendo o mais do mesmo? Este dilema deve ser o maior tormento dos gordos e abastados donos do poder que, de repente, amealharam soma considerável  de patrimônio para um simples agente público. Estes mesmos senhores que pregavam moralidade e seriedade com os negócios de Estado, hoje frequentam os noticiários policiais. A resposta para estes senhores está nas ruas. Esta indignação do inconsciente coletivo o PT finge não ver e tenta, desesperadamente, encontrar gente disposta a limpar a sujeira deles.

Parece que o malabarismo para atrair nomes como o do deputado Antônio Reguffe (PDT) e seu padrinho político, Cristovam Buarque (PDT), não tem surtido efeito. Eles não são tolos nem oportunistas para se venderem como papel higiênico para limpar a cara do PT. O que Agnelo oferece não muda em nada se Reguffe estiver em outra aliança. O capital político dele vai continuar o mesmo, assim como o de Tadeu Filippelli. Mesmo que ofereça uma boa secretaria ao PDT e cargos, como foi ventilado no início da semana passada, dificilmente o eleitor de Reguffe vai entender esta manobra. Cristovam não vai impedir, mas também não vai aderir. Reguffe deve seguir o mesmo caminho.

Agnelo e seus ideólogos até podem não gostar do monge beneditino Filippelli, mas um fato relevante deve ser levado em consideração: após anos à frente de um cargo público, em qual processo de corrupção ele foi acusado e condenado pela Justiça? Quantas vezes seu nome foi parar nas instâncias superiores da Justiça? É sabido que todo gestor público neste país enfrenta dissabores, quer junto ao Ministério Público ou com órgãos fiscalizadores, mas quando se trata de corrupção, aí é complicado defender o gestor. É isso que os cidadãos questionam no PT e não em Filippelli. Não adianta Agnelo trocar o seu vice ou manobrar para ter ao seu lado alguém de “mãos limpas”. O seu governo, por mais que esteja fazendo – e está – já foi cristianizado como ineficiente e envolvido em suspeitas de corrupção. O povo já cansou dessa história de “rouba, mas faz”.
O PMDB nacional está em busca de reabilitação e tem projeto para 2018, para que isto se torne realidade não pode ser eternamente “o fiel da balança política”. E Filippelli é uma chance “viável para este projeto”, resumiu uma fonte ao Jornal Opção.

Na avaliação deste peemedebista com assento na Câmara dos Deputados, Filippelli está preparado para conquistar a cadeira do Palácio do Buriti. “Ele não tem mais a sombra de Joaquim Roriz sobre sua cabeça, é ficha limpa e conhece como ninguém os problemas de Brasília”.

Mas, dizem que ele não tem votos suficientes para enfrentar a máquina do PT e outros adversários, questiona o Jornal Opção. “Isso é uma bobagem! Filippelli tem lideranças importantes em todas as cidades administrativas do DF, tem uma grande lista de pessoas com votos para disputar vaga na Câmara Federal e no legislativo local.” De fato, o vice tem gastado muita saliva e sola de sapato em busca de aliados do lado do grupo dos ex-governadores José Roberto Arruda e Joaquim Roriz.

Desde o ano passado, Filippelli tem alertado o PT de que as coisas não estavam bem junto à opinião pública, mas, de acordo com um assessor, “foi ignorado”. Esta falta de sintonia com os brasilienses tem tido um efeito perverso nos índices de aceitação do governo Agnelo. O furor das ruas no mês de junho mandou um duro recado para políticos como Agnelo Quei­roz: malabaristas políticos que se equilibram sobre o fio do voto estão com os dias contados. Serão lançados ao ostracismo e, quando muito, vão figurar nos livros de História num rodapé.  

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