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Biblioteca perde batalha contra as drogas

Brasília já foi referência de boas práticas para o Brasil. Hoje, infelizmente, a realidade é outra. Logo no início do dia, li e vi por meio de reportagens que os servidores da Biblioteca Nacional de Brasília Leonel Brizola interromperam os trabalhos em protesto à falta de segurança na área central da nossa cidade. Uma biblioteca fechada no centro da capital. Lamentável.

O que coloca Brasília na pauta nacional é, mais uma vez, a falta de segurança. A venda e o uso de drogas não têm mais hora para ocorrer no centro da cidade. Funcionários e visitantes da biblioteca estão entregues à violência. Imaginar o consumo de crack desenfreado a menos de 3 quilômetros do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Ministério da Justiça é algo muito preocupante.

Brasília é uma das sedes da Copa do Mundo deste ano. O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha também está a menos de 3 quilômetros da biblioteca. Turistas passam pelo local durante todo dia. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) tem um grande trabalho a fazer. Recuperar estes cidadãos é dever do Estado. E dinheiro para o combate ao crack existe. Em dezembro de 2011, aprovamos na Câmara Legislativa o Plano Plurianual (PPA) 2011-2015. Nele, R$ 10 milhões foram destinados, exclusivamente, para o combate a esta droga. Além disso, em abril de 2012 o governo federal lançou o plano anticrack, com previsão de investimento de R$ 4 bilhões até 2014. As ferramentas estão postas à mesa. Está faltando o gestor de cada uma delas tomar seu papel e assumir sua responsabilidade.

O protesto dos servidores da Biblioteca Nacional por mais segurança é apenas um grão de areia nesse imenso oceano que o consumo do crack se tornou. O Estado precisa rever sua política de combate às drogas e, assim, tornar mais eficiente as ações para a recuperação das pessoas que hoje estão reféns de traficantes.

1 Comentários

  1. Não faltam candidatos a gestor desses planos. Quem não vai querer ser gestor de 4 bilhões de reais?

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