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Shoppings: Vem mais rolé por aí



Com mais de 720 pessoas confirmadas, o próximo rolezinho já tem data marcada para acontecer. O evento está previsto para sábado que vem no Taguatinga Shopping, às 14h. Outros encontros, inclusive,   estão marcados, garante a organização do rolezinho no Iguatemi Brasília do último sábado.
O evento no shopping do Lago Norte,  no entanto, não aconteceu como o esperado, pois o estabelecimento permaneceu fechado  para evitar transtornos, deixando de faturar até R$ 500 mil com a interrupção das atividades. A medida provoca polêmica entre lojistas e consumidores, o que demonstra que as opiniões estão longe de   um consenso.

Diferentemente do Iguatemi, o Taguatinga Shopping não pretende fechar as portas diante de um protesto pacífico no próximo sábado, de acordo com a assessoria. Um reforço na segurança, no entanto, deverá acontecer e os funcionários estarão em alerta. No caso de alguma confusão entre os jovens, o shopping pedirá apoio das autoridades. Os 600 jovens previstos no rolezinho confirmaram presença por meio da página do Facebook “Rolezinho no Xopim (Taguatinga SHOPPING)”.

“Exagero”
Para a vendedora de uma loja no Iguatemi Elza Lopes, 25 anos, o fechamento do shopping foi um exagero. "Não tinha necessidade disso, sábado é o dia em que o faturamento é maior. Além disso, trabalhamos com comissão em cima das vendas. Pelo menos, estamos trabalhando normalmente hoje (ontem) e sem   medo", conta. 

Para outra funcionária do mesmo shopping, Mayara Alves de Almeida, 21 anos, o movimento estava normal para um domingo. "As lojas estão recebendo clientes sem preocupação. O clima é de muita tranquilidade", confirma. 

Por outro lado, muitos funcionários apoiaram o fechamento do  shopping, como a gerente de uma outra loja Michelle Yamaguti, 29 anos. "A maioria das lojas possui portas de vidro. O estrago poderia ser   grande. É claro que isso prejudicou as vendas, mas foi a melhor decisão. Estava todo mundo com muito medo".
PM avalia confusão no Gama
Mesmo depois de um sábado de muita tensão e segurança reforçada nos shoppings, o domingo foi de tranquilidade nos principais centros comerciais. Apesar dos encontros de sábado noticiados pela imprensa, a Secretaria de Segurança Pública  considera que não houve rolezinhos no DF,  já que o tumulto registrado no Gama Shopping teria ocorrido devido ao jogo no Estádio Bezerrão, garante a secretaria. 

A Polícia Militar confirma essa versão, afirmando que nos dias de jogos é comum aumentar o número de pessoas no Gama Shopping. "No intervalo muita gente aproveita para ir lanchar, tanto que a maioria dos envolvidos na confusão não era jovem. O problema é que o clima era de tensão diante das ameaças de rolezinho e todo mundo ficou preocupado com a   movimentação, achando que era um tumulto de jovens", informa o porta-voz da PM, capitão Michello Bueno.

Segundo ele, a quantidade de  policiais que estavam por perto e de seguranças do próprio shopping foi suficiente para acalmar os ânimos. Ainda conforme Bueno, nenhuma pessoa foi detida. Novos eventos  continuarão sendo monitorados. Rotina normal após reuniões marcadas

O Brasília Shopping, Pátio Brasil, Terraço Shopping, Conjunto Nacional, ParkShopping e Iguatemi Brasília funcionaram normalmente ontem, segundo as assessorias. Diante da possibilidade de futuros rolezinhos, o Iguatemi ainda não tem um posicionamento sobre como vai operar em novos eventos.
Para a servidora pública Denise Fernandes, 27 anos, o fechamento dos shoppings é um exagero, além de atrapalhar o fim de semana das pessoas. "O que eu acho errado é a falta de segurança dentro dos shoppings e não o encontro dos adolescentes. Todo mundo tem o direito de frequentar qualquer lugar, assim como eu, que frequento bastante os shoppings", completa a servidora.

Caráter pacífico
Segundo   Franklin Rabelo, um dos organizadores do rolezinho no Iguatemi, a atitude do shopping de fechar as portas  foi lamentável.  De acordo com ele, desde o início o evento tinha caráter pacífico, não havendo necessidade de pânico. "Não foi justo o que os empresários fizeram. Não era o nosso objetivo atrapalhar o trabalho de ninguém e, muito menos, o faturamento das lojas. O nosso protesto é apenas pelo direito de ir e vir de todo cidadão e contra o racismo, desigualdade ou qualquer outra forma de preconceito e discriminação", afirma.   Para ele, mesmo assim, o rolezinho aconteceu e o objetivo alcançado. 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília - Manuela Rolim 

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