Novo sistema prevê a passagem de ônibus articulados pelo Eixão Sul. Em testes, a mudança resultou em atraso de 4 minutos na viagem. Na Rodoviária, uma subestação de vidro será construída, mudando o cenário tombado.
Obras do BRT na Estrada Parque Indústria e Abastecimento: previsão é de que o sistema seja entregue pelo governo antes de junho.
Por: Adriana Bernardes - Correio Braziliense - 22/02
O novo modelo de transporte urbano do Distrito Federal mudará o cenário na área central de Brasília. Motoristas passarão a conviver com ônibus no Eixão, e a plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto terá uma subestação de vidro para abrigar os passageiros que vão embarcar no BRT. A estrutura terá capacidade para receber até 3 mil pessoas simultaneamente. As baias de parada dos veículos voltadas para a Torre de TV foram modificadas para receber os ônibus maiores e permitir as manobras de acesso e saída (assista ao vídeo no site do Correio).
A Secretaria de Transportes poderá, ainda, implementar a faixa exclusiva para os ônibus articulados expressos do BRT no trajeto entre a Rodoviária e o viaduto Camargo Corrêa, no horário de pico, na volta para casa. Eles começarão a circular pela rodovia a partir da segunda quinzena de março. Mas os testes com os veículos convencionais terão início em seis dias. A decisão sobre a faixa só será tomada após a chamada operação branca, com duração de 20 a 30 dias.
O governo chegou a pensar na possibilidade de adotar a faixa presidencial para a circulação dos veículos articulados e garantir, assim, mais agilidade. A opção, no entanto, acabou descartada após a avaliação da Embarq, uma ONG especializada em soluções de mobilidade urbana e segurança no transporte público com sede em diferentes nações. “A Embarq avaliou que o risco para os passageiros e demais usuários da via seria muito grande. Se um motorista de ônibus se sentisse mal e perdesse o controle, o veículo bateria em outros, em sentido contrário, e seria uma tragédia”, afirmou o secretário de Transportes, José Walter Vazquez Filho.
Agilidade
Diariamente, cerca de 90 mil veículos circulam pelo Eixão nos dois sentidos. Testes iniciais demonstraram que, com o compartilhamento da via com os carros, a viagem do BRT vai demorar 4 minutos a mais do que o previsto. Em relação ao coletivo convencional do sistema, não haverá perda de tempo. O projeto já prevê que ele circulará pelos eixinhos, parando conforme a demanda dos usuários até a Rodoviária.
O BRT Sul tem dois ramais. Um começa no terminal de Santa Maria, às margens da BR-040, e o outro no terminal do Gama, perto do balão de entrada da cidade. Os dois se juntam na altura do Catetinho. A partir desse ponto, a linha é única e segue pela BR-040, entra para a pista de acesso ao aeroporto, passa por um túnel debaixo do balão da Dona Sarah e segue em direção ao Eixão Sul, até o viaduto Camargo Corrêa. Desse ponto em diante, o tráfego de ônibus e carros passa a ser compartilhado.
Agilidade no embarque
A estimativa é a de que o novo sistema proporcionará aos usuários do transporte público uma economia de 50 minutos na viagem de Santa Maria/Gama até a área central de Brasília. A meta, agora, é reduzir de 10 minutos para 2 minutos o tempo de embarque dos passageiros da rodoviária no ônibus articulado. É para isso que o governo erguerá paredes de vidro na área de ingresso nos coletivos. Para entrar no aquário de vidro de cerca de 600 metros quadrados, o usuário terá que pagar o bilhete. “Teremos quatro portas de acesso. O simples fato de não ter que passar o cartão dentro do veículo ou voltar o troco gera uma economia de oito minutos no embarque dos cerca de 130 passageiros”, explica Vazquez.
Como a Rodoviária do Plano é tombada, o projeto foi submetido à Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que o aprovou. “Eles fizeram pequenas alterações e liberaram. Quando cheguei a Brasília e os ônibus interestaduais chegavam à Rodoviária do Plano, a área de embarque deles era separada por paredes de vidro”, relembra Vazquez. O projeto está pronto, mas a execução depende da definição da tecnologia que será usada.
A previsão do governo é de que o BRT Sul transporte 20 mil pessoas por hora nos momentos de pico. O projeto custará R$ 600 milhões — R$ 67 milhões a mais que o previsto inicialmente — e será entregue com um atraso de cerca de sete meses. “O projeto executivo faz parte da obra e, por isso, situações novas aparecem e precisam ser adequadas. Tivemos problema na desapropriação da área da floricultura, por exemplo. Tivemos que adiar o prazo para junho deste ano, mas vamos terminar antes”, explicou Fauzi Nacfur Júnior, diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Inicialmente, a obra seria entregue em junho passado.
Adaptação
É uma fase de testes do BRT, quando os técnicos vão detectar as falhas e ajustar o funcionamento do sistema. Nesse período, nenhum passageiro pagará pela passagem.
Trecho da Epia interditado
Amanhã, o trânsito na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) Sul será interditado na altura da Quadra 14 do Setor de Mansões Parque Way, sentido Brasília. Os operários farão a colocação de vigas metálicas no viaduto. O fluxo de veículos será desviado para a DF-025 entre as 6h e as 17h. Outro viaduto, na altura da Quadra 26, foi liberado na última quinta-feira para a circulação de carros. A obra receberá mais de 80 mil veículos que trafegam diariamente na Epia Sul.
Obras do BRT na Estrada Parque Indústria e Abastecimento: previsão é de que o sistema seja entregue pelo governo antes de junho.
Por: Adriana Bernardes - Correio Braziliense - 22/02
O novo modelo de transporte urbano do Distrito Federal mudará o cenário na área central de Brasília. Motoristas passarão a conviver com ônibus no Eixão, e a plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto terá uma subestação de vidro para abrigar os passageiros que vão embarcar no BRT. A estrutura terá capacidade para receber até 3 mil pessoas simultaneamente. As baias de parada dos veículos voltadas para a Torre de TV foram modificadas para receber os ônibus maiores e permitir as manobras de acesso e saída (assista ao vídeo no site do Correio).
A Secretaria de Transportes poderá, ainda, implementar a faixa exclusiva para os ônibus articulados expressos do BRT no trajeto entre a Rodoviária e o viaduto Camargo Corrêa, no horário de pico, na volta para casa. Eles começarão a circular pela rodovia a partir da segunda quinzena de março. Mas os testes com os veículos convencionais terão início em seis dias. A decisão sobre a faixa só será tomada após a chamada operação branca, com duração de 20 a 30 dias.
O governo chegou a pensar na possibilidade de adotar a faixa presidencial para a circulação dos veículos articulados e garantir, assim, mais agilidade. A opção, no entanto, acabou descartada após a avaliação da Embarq, uma ONG especializada em soluções de mobilidade urbana e segurança no transporte público com sede em diferentes nações. “A Embarq avaliou que o risco para os passageiros e demais usuários da via seria muito grande. Se um motorista de ônibus se sentisse mal e perdesse o controle, o veículo bateria em outros, em sentido contrário, e seria uma tragédia”, afirmou o secretário de Transportes, José Walter Vazquez Filho.
Agilidade
Diariamente, cerca de 90 mil veículos circulam pelo Eixão nos dois sentidos. Testes iniciais demonstraram que, com o compartilhamento da via com os carros, a viagem do BRT vai demorar 4 minutos a mais do que o previsto. Em relação ao coletivo convencional do sistema, não haverá perda de tempo. O projeto já prevê que ele circulará pelos eixinhos, parando conforme a demanda dos usuários até a Rodoviária.
O BRT Sul tem dois ramais. Um começa no terminal de Santa Maria, às margens da BR-040, e o outro no terminal do Gama, perto do balão de entrada da cidade. Os dois se juntam na altura do Catetinho. A partir desse ponto, a linha é única e segue pela BR-040, entra para a pista de acesso ao aeroporto, passa por um túnel debaixo do balão da Dona Sarah e segue em direção ao Eixão Sul, até o viaduto Camargo Corrêa. Desse ponto em diante, o tráfego de ônibus e carros passa a ser compartilhado.
Agilidade no embarque
A estimativa é a de que o novo sistema proporcionará aos usuários do transporte público uma economia de 50 minutos na viagem de Santa Maria/Gama até a área central de Brasília. A meta, agora, é reduzir de 10 minutos para 2 minutos o tempo de embarque dos passageiros da rodoviária no ônibus articulado. É para isso que o governo erguerá paredes de vidro na área de ingresso nos coletivos. Para entrar no aquário de vidro de cerca de 600 metros quadrados, o usuário terá que pagar o bilhete. “Teremos quatro portas de acesso. O simples fato de não ter que passar o cartão dentro do veículo ou voltar o troco gera uma economia de oito minutos no embarque dos cerca de 130 passageiros”, explica Vazquez.
Como a Rodoviária do Plano é tombada, o projeto foi submetido à Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que o aprovou. “Eles fizeram pequenas alterações e liberaram. Quando cheguei a Brasília e os ônibus interestaduais chegavam à Rodoviária do Plano, a área de embarque deles era separada por paredes de vidro”, relembra Vazquez. O projeto está pronto, mas a execução depende da definição da tecnologia que será usada.
A previsão do governo é de que o BRT Sul transporte 20 mil pessoas por hora nos momentos de pico. O projeto custará R$ 600 milhões — R$ 67 milhões a mais que o previsto inicialmente — e será entregue com um atraso de cerca de sete meses. “O projeto executivo faz parte da obra e, por isso, situações novas aparecem e precisam ser adequadas. Tivemos problema na desapropriação da área da floricultura, por exemplo. Tivemos que adiar o prazo para junho deste ano, mas vamos terminar antes”, explicou Fauzi Nacfur Júnior, diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Inicialmente, a obra seria entregue em junho passado.
Adaptação
É uma fase de testes do BRT, quando os técnicos vão detectar as falhas e ajustar o funcionamento do sistema. Nesse período, nenhum passageiro pagará pela passagem.
Trecho da Epia interditado
Amanhã, o trânsito na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) Sul será interditado na altura da Quadra 14 do Setor de Mansões Parque Way, sentido Brasília. Os operários farão a colocação de vigas metálicas no viaduto. O fluxo de veículos será desviado para a DF-025 entre as 6h e as 17h. Outro viaduto, na altura da Quadra 26, foi liberado na última quinta-feira para a circulação de carros. A obra receberá mais de 80 mil veículos que trafegam diariamente na Epia Sul.