Wasny de Roure tenta de todas as formas possíveis melhorar a imagem do Legislativo brasiliense. A própria Câmara Legislativa justifica a existência como a instância do poder responsável pela discussão e elaboração de leis de interesse da população local. Como tal, deveria ser a primeira a zelar pelo cumprimento e respeito das normas jurídicas. Afinal, o convívio em harmonia e paz entre os indivíduos é regulado e dependente das leis, o que equivale a dizer que, fora das leis, o que impera é o vale-tudo da barbárie.
Portanto, causa estranheza na população, que lhes paga os régios salários, que as principais lideranças da Casa, encabeçadas pelo presidente, Wasny de Roure (PT), tenham divulgado nota criticando a prisão dos 12 policiais militares que lideraram a operação tartaruga, inclusive visitando-os no 19º Batalhão da PM, onde foram prestar solidariedade.
Na nota, Suas Excelências pedem ao Ministério Público e ao governo do DF que busquem uma “saída para a situação constrangedora e de fragilidade emocional e psicológica” desses militares. A impressão que passa para a comunidade é que, se, de um lado, o GDF nega arcar com as promessas que fez aos policiais; de outro, o Legislativo local afaga os descontentes como se fosse contrário ao ordenamento do Executivo.
Outro vestígio de abandono da sociedade é que a Câmara Legislativa deveria ser aliada confiável em questões delicadas, como é o caso da segurança pública. O que se espera é que ela interceda, isso sim, em favor da sociedade que foi, em última análise, a principal vítima da operação.
Os outdoors espalhados pela cidade defendendo a operação tartaruga visavam justamente causar na população situação de fragilidade emocional pelo medo e trauma psicológico pela perspectiva de ser entregue nas mãos dos bandidos. Estranheza maior é a Câmara Legislativa não ter interesse de dar início a uma CPI para apurar em que termos e com que objetivos foram feitas as ameaças de empurrar a capital para a decretação de um estado de sítio. Parece que agradar a instituições dá mais votos.
A população que se arranje.
(Coluna "Visto, lido e ouvido" - Correio Braziliense - 27/02
Portanto, causa estranheza na população, que lhes paga os régios salários, que as principais lideranças da Casa, encabeçadas pelo presidente, Wasny de Roure (PT), tenham divulgado nota criticando a prisão dos 12 policiais militares que lideraram a operação tartaruga, inclusive visitando-os no 19º Batalhão da PM, onde foram prestar solidariedade.
Na nota, Suas Excelências pedem ao Ministério Público e ao governo do DF que busquem uma “saída para a situação constrangedora e de fragilidade emocional e psicológica” desses militares. A impressão que passa para a comunidade é que, se, de um lado, o GDF nega arcar com as promessas que fez aos policiais; de outro, o Legislativo local afaga os descontentes como se fosse contrário ao ordenamento do Executivo.
Outro vestígio de abandono da sociedade é que a Câmara Legislativa deveria ser aliada confiável em questões delicadas, como é o caso da segurança pública. O que se espera é que ela interceda, isso sim, em favor da sociedade que foi, em última análise, a principal vítima da operação.
Os outdoors espalhados pela cidade defendendo a operação tartaruga visavam justamente causar na população situação de fragilidade emocional pelo medo e trauma psicológico pela perspectiva de ser entregue nas mãos dos bandidos. Estranheza maior é a Câmara Legislativa não ter interesse de dar início a uma CPI para apurar em que termos e com que objetivos foram feitas as ameaças de empurrar a capital para a decretação de um estado de sítio. Parece que agradar a instituições dá mais votos.
A população que se arranje.
(Coluna "Visto, lido e ouvido" - Correio Braziliense - 27/02