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DF - Eleições 2014: Formado um novo grupo de oposição


Representantes do PPS, PSDB e DEM decidem sair juntos na corrida ao Buriti. Por enquanto, não há nomes para liderar chapas. A ideia, neste momento, é evitar mais rachas.
Por: Helena Mader - Correio Braziliense - 11/03

A oposição do Distrito Federal deve sair rachada nas eleições de outubro deste ano. Depois dos acertos entre os ex-governadores Joaquim Roriz (PRTB) e José Roberto Arruda (PR), um novo grupo se formou ontem para as disputas majoritárias. Os presidentes regionais do PSDB, Eduardo Jorge, do PPS, Eliana Pedrosa, e do DEM, Alberto Fraga, se reuniram em um almoço e definiram que estarão juntos na corrida ao Palácio do Buriti. Os representantes dos três partidos, entretanto, evitaram escolher nomes para liderar o grupo. O objetivo é evitar insatisfações de aliados neste momento e minimizar as chances de novos rachas.

O almoço entre os representantes das três legendas ocorreu ontem em um restaurante da Asa Sul. Integrantes das executivas nacionais e regionais dos partidos participaram do encontro. O deputado federal Luiz Pitiman, um dos três pré-candidatos do PSDB ao Governo do Distrito Federal (GDF), também se juntou ao grupo. Os outros dois tucanos interessados em representar o partido na corrida ao Palácio do Buriti, Izalci Lucas e Márcio Machado, não participaram. É grande a tensão interna no PSDB, o que pode tumultuar o processo de formação do grupo.

O presidente regional do DEM, Alberto Fraga, evitou falar sobre quem poderia ser o cabeça de chapa. “O que posso dizer é que a chapa majoritária sairá desse embrião formado hoje (ontem). A única certeza que temos é que esses três partidos estarão juntos, fazendo forte oposição ao PT e ao Agnelo Queiroz. E para que não pensem que queremos ser os donos da verdade, estamos totalmente abertos a outros partidos que queiram se juntar a nós”, explicou Fraga. Ele destacou que, só em maio, os integrantes da aliança vão escolher os critérios para a definição do cabeça de chapa, do candidato a vice e do concorrente do Senado.

O grupo decidiu que, a partir de hoje, vai se dedicar à formação de um programa de governo.  “Temos um objetivo em comum, que é construir uma alternativa. Existe uma disposição dos três partidos em fazer uma oposição clara ao que hoje está instalado no governo, com uma proposta de gestão pública eficiente”, explicou o deputado federal Luiz Pitiman (PSDB-DF). 

O PPS da deputada Eliana Pedrosa vinha negociando também com o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Os socialistas e o PPS devem estar juntos no plano nacional. Mas isso não será empecilho para que o PPS eventualmente se una ao PSDB no Distrito Federal. A exigência dos tucanos é garantir um palanque ao senador Aécio Neves, candidato à Presidência. 

O ex-secretário de Obras Márcio Machado, que também é pré-candidato, diz que o clima no partido é de tensão, diante da possibilidade do lançamento do nome de Luiz Pitiman. “Foi uma reunião informal. O fato de o Eduardo Jorge ter ido com o Pitiman não significa que houve uma decisão no partido. Conversei com o senador Aécio Neves na semana passada e, em nenhum momento, ele deixou margem para esse entendimento”, diz Márcio Machado.


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