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Eleições-DF: Prévia da disputa eleitoral

Primeiro encontro entre os candidatos ao Buriti é marcado por ataques entre os concorrentes. Agnelo e Arruda polarizaram o debate e receberam a maior parte das críticas dos adversários.
Agnelo, Arruda, Toninho, Rollemberg e Pitiman se acomodam durante o debate promovido pela Associação Comercial do DF: ao falar de temas como segurança, transporte e saúde, candidatos trocavam críticas entre eles

Em meio a regras confusas e contestadas pelos participantes, o primeiro debate entre os candidatos ao Governo do Distrito Federal foi marcado por um confronto direto entre o governador Agnelo Queiroz (PT) e o ex-governador José Roberto Arruda (PR). Eles trocaram acusações e críticas nas rodadas sobre todos os temas abordados. Rodrigo Rolemberg (PSB), Toninho do PSol e Luiz Pitiman (PSDB) também direcionaram críticas à gestão de Agnelo Queiroz. Na rodada final, Arruda foi alvo de adversários, com exceção de Pitiman.

A queda de braço terminou com o petista se retirando do evento, organizado pela Associação Comercial do DF. Agnelo ficou insatisfeito quando a coordenação do debate concedeu um direito de resposta a Arruda e saiu do auditório, já nos minutos finais do evento. A organização do evento concedeu direito de resposta a Arruda porque, ao fazer essa declaração, Agnelo olhou diretamente para o candidato do PR. O petista reclamou: “Direito de resposta só porque eu olhei para ele? Isso é um absurdo”. 

Do lado de fora do encontro entre os candidatos ao Governo, centenas de cabos eleitorais e militantes dos partidos, principalmente do PT, faziam barulho e balançavam bandeiras. Carros de som tocavam os jingles dos políticos e muitos simpatizantes dos políticos tentaram sem sucesso entrar no prédio da Associação Comercial. A polícia e agentes do Detran monitoraram a movimentação para evitar confrontos e confusão. 

O primeiro tema do debate foi o desenvolvimento econômico. Quase todos os candidatos defenderam a necessidade da desburocratização da economia e da simplificação dos processos nas administrações regionais para facilitar a emissão de alvarás. Sobre educação, houve consenso sobre a necessidade de ampliação da educação integral no Distrito Federal. Nessa rodada de perguntas, Agnelo Queiroz aproveitou para alfinetar a gestão de Arruda. “Peguei a cidade na lama, tive que fazer mutirão para reformar 300 escolas, essa foi a realidade dramática a que encontrei”, disse o petista. Arruda mencionou a construção de mil salas de aula em mil dias de governo. “Tínhamos 5 mil alunos pobres em escolas particulares, mas esse projeto foi destruído”, rebateu. Rollemberg defendeu a criação de um plano de cargos e salários e Pitiman prometeu estimular a meritocracia para melhorar o ensino. Toninho garantiu que concederá melhorias salariais aos professores. 

Cronômetro quebrado

No tema segurança, mais um embate direto entre Agnelo e Arruda. O petista criticou as medidas do ex-governador para a área. “A política que estava implantada era equivocada e congelava nossos policiais nos postinhos, era uma tragédia completa”, disparou. O candidato do PR citou dados de aumento da criminalidade e disse que as forças policiais estão “sem comando”. Assim como fez com relação a outros temas, Rollemberg aproveitou para citar a gestão de Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência, em Pernambuco. “Lá, houve investimentos em prevenção e inteligência”, mencionou. 

O debate foi marcado também por problemas na organização. Os assessores dos candidatos tiveram que se reunir no meio do evento para mudar as regras, que desagradaram aos concorrentes e à plateia. O cronômetro para controle do tempo deixou de funcionar em várias ocasiões.




Por: Helena Mader - Almiro Marcos - Correio Braziliense - 31/07/2014 

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