Apesar de ter o registro de candidatura negado pelo TRE-DF, Arruda se diz otimista com perspectiva favorável em recurso junto ao TSE e continua tocando sua campanha como primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, com 32%. O atual governador Agnelo Queiroz (PT) está tecnicamente empatado com Rollemberg (PSB) (17% e 15%), que por sua vez, tem o menor índice de rejeição (7%). Tropeços judiciais dificultam planos do PR de vitória no primeiro turno e tornam mais viável a temida presença do PSB em segunda votação.
Brasília 247 - No final da manhã desta quarta-feira (13), José Roberto Arruda (PR) reuniu eleitores e correligionários para um pronunciamento no comitê central do partido, às margens da via EPTG. "Vamos Arrudear! Entraremos com recurso no TSE contra a decisão do TRE-DF, portanto, o clima é de otimismo. A caminhada segue firme e forte. Os brasilienses vão fazer valer o direito de escolha nas urnas", diz o post mais recente publicado pelo político nas redes sociais.
O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) decidiu ontem (12) negar o registro da candidatura de Arruda ao governo do DF. Por 5 x 2 votos, ele foi enquadrado na Lei Complementar nº 135/2010, a Lei da Ficha Limpa, devido à condenação em segunda instância no julgamento do caso que ficou conhecido como "mensalão do DEM".
No entanto, mesmo com a decisão, Arruda ainda continuará a fazer campanha enquanto seus advogados preparam sua defesa para entrar com recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Confiante, Arruda diz que a vitória é certa na instância superior. Isso porque, segundo ele, o TSE já analisou centenas de casos semelhantes e, em todos eles, a candidatura foi preservada.
Possíveis movimentações no tabuleiro eleitoral do DF
Desde o início, as pesquisas têm indicado a liderança de Arruda e sugerido uma disputa direta com o atual governador do DF Agnelo Queiroz (PT). No entanto, com os constantes tropeços judiciais do político do PR, Rollemberg (PSB), que chegou a ser chamado de "terceira via", encontra a sua frente um cenário que pode ser mais favorável do que se esperava.
Segundo a última pesquisa Ibope, divulgada em 30 de julho, Arruda é líder isolado, com 32% das intenções de voto. Em seguida, aparecem tecnicamente empatados Agnelo, que tem 17% e Rollemberg, com 15%. Toninho do Psol (PSOL) e Luiz Pitiman (PSDB) têm 6% cada e, por último, Perci Marrara (PCO) tem 1%.
No entanto, ao aferir a taxa de rejeição dos candidatos, a pesquisa Ibope mostrou Agnelo como o mais rejeitado (46%), seguido por Arruda, com 32%. No final da lista, Rollemberg teve a menor rejeição, apenas 7%.
Tecnicamente empatado em segundo lugar nas pesquisas e com a pecha de menos rejeitado, Rollembeg se fortalece. Não é à toa que nas redes sociais, Arruda tem convocado seus eleitores a forte mobilização por pela eleição em primeiro turno. O ex-governador sabe que poderia absorver toda a rejeição destinada a Agnelo, caso enfrentasse Rollemberg no segundo turno.
Eventual substituição
O regulamento eleitoral reserva, ainda, a possibilidade de substituição caso Arruda não siga adiante. O artigo 61 da resolução nº 23.405, publicada pelo TSE em fevereiro de 2014, faculta ao partido ou coligação substituir o candidato que tiver seu registro indeferido, inclusive por inelegibilidade, após o termo final do prazo do registro. No entanto, exceto nos casos de morte do candidato, a substituição só poderá ser requerida até 20 dias do pleito.
Sendo assim, a 52 dias da data da votação do primeiro turno, a coligação União e Força terá apenas 32 dias para ter o recurso julgado pelo TSE e, em eventual derrota, decidir se substituirá o nome de Arruda para a disputa no dia 5 de outubro.
O candidato a vice na chapa de Arruda, o médico Jofran Frejat, é uma das opções. Já foi secretário de saúde do DF, mas não tem grande popularidade junto ao eleitorado. Além do mais, em situação anterior, já declarou a preferência por não participar mais de disputas por cargos eletivos.
Com EBC e R7

