Por Arthur H. Herdy | arthur.herdy@abril.com.br - Revista Veja Brasília
A grande arte
(Foto: Mateus Bonomi / Divulgação)
Desde o último dia 22, algo vem chamando a atenção dos brasilienses no Setor de Autarquias Sul. Trata-se de um painel criado pelo muralista paulistano Eduardo Kobra (foto). A obra, que ocupa grande parte da fachada da Caixa Econômica Federal, integra o projeto Muro das Memórias, iniciado pelo artista em 2008. “Tive como referência imagens antigas de algumas cidades. Daí, resolvi registrá-las pelo mundo”, afirma. Kobra iniciou a série em São Paulo e produziu exemplares no Rio do Janeiro, em Belém e em Nova York. Aqui em Brasília, O Candango relembra os trabalhadores pioneiros da capital federal. Ao lado de Agnaldo Brito, Marcos Rafael e Marcos dos Santos, todos membros de seu estúdio, Kobra concluiu o mural em tempo recorde: menos de uma semana. Confira, abaixo, outros números referentes à obra.
› A preparação levou 2 meses
› O painel tem 29 metros de altura por 7,4 metros de largura
› Foram usados 80 latas de spray...
› ...e 21,6 litros de esmalte
Traços brasilienses
(Foto: Roberto Castro)
Há dois anos, a jornalista Carol Nogueira expressa seu amor pela capital federal no blog Quadrado Brasília (quadradobrasilia.wordpress.com), mantido em parceria com a amiga e colega de profissão Dani Cronemberger. Agora, ela, que é também escritora e ilustradora, explora esse fascínio por meio de desenhos inspirados na cidade (foto). Depois de escrever e ilustrar o livro infantil A Rua de Todo Mundo,lançado em dezembro do ano passado, Carol assina a identidade visual de uma caderneta de anotações (R$ 30,00) e de uma bolsa (R$ 70,00), criadas especialmente para a loja Sr. Mor. É a primeira parceria da grife argentina (que tem uma loja na 407 Sul) com um artista da cidade.
Ler faz bem
(Foto: Divulgação)
A primeira edição oficial da Mostra de Literatura 2014 chega a Taguatinga na quarta (3) e ocorre também no dia 9, após passar por Vila Telebrasília, Estrutural e Ceilândia. “A proposta é convidar escritores para falar de seus trabalhos e mudar a relação das pessoas com a leitura”, conta o curador Andrey do Amaral. Depois de Taguatinga, será a vez do Guará, de Itapoã e do Varjão. Confira mais informações no site www.mostradeliteratura.com.br.
MEMÓRIA
Veia musical
(Foto: Arquivo público do Distrito Federal / Rodolfo Stuckert / Divulgação)
A vocação de Brasília para o chorinho vem de antes da inauguração oficial. No fim da década de 50, o violonista Dilermando Reis já visitava a cidade, animando rodas musicais no Catetinho. Nos seus primeiros anos, a capital federal atraiu instrumentistas como os pianistas Raimundo de Brito e Neuza França, os flautistas Bide e Odette Ernest Dias, além de Jacob do Bandolim, que passou temporadas por aqui. Eles abriram sua casa para animados saraus e plantaram, então, a semente doClube do Choro de Brasília, que completa 37 anos no próximo dia 9. “Começava assim um caso de amor entre a cidade do futuro e um ritmo centenário”, relembra Reco do Bandolim, bandolinista e presidente do clube desde 1993. Durante muito tempo, a agremiação funcionou em um vestiário do antigo Centro de Convenções (na foto, em registro de 1988). Em 2011, foi inaugurada a sede definitiva, com projeto de Oscar Niemeyer.
