O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa movimentou R$ 36,92 milhões entre janeiro de 2005 e maio de 2014, segundo cálculos feitos por integrantes da CPI, em sete contas bancárias. Os integrantes da comissão vão analisar se o montante é compatível com a renda do ex-diretor.
Segundo a Folha apurou, como dirigente da estatal, ele recebia remuneração anual média de um pouco mais de R$ 1 milhão incluindo salário e participação nos lucros. Em 2012, ele deixou a estatal para montar uma empresa de consultoria.
Também no período saíram dessas contas R$ 35,94 milhões, de acordo com a tabulação feita por integrantes da CPI.
Paulo Roberto Costa está preso sob suspeita de participar de um megaesquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas comandado por doleiros. Costa firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e, até o momento, já indicou o nome de senadores, deputados federais e até o de um ministro que teriam se beneficiado desse esquema.
A quebra de sigilo do ex-diretor da Petrobras, aprovada pela CPI e em análise por deputados e senadores, indica também uma movimentação milionária por parte da empresa de Costa.
Por meio da empresa de consultoria Costa Global, o ex-diretor da Petrobras recebeu R$ 9,4 milhões desde setembro de 2012, incluindo valores de empresas que atuam em projetos da estatal. As operações de débito representam R$ 9,8 milhões, muitas delas para a conta pessoal de Paulo Roberto Costa.
No final da noite desta terça-feira, a Folha tentou, sem sucesso, contato com o escritório de advocacia que defende Costa