José Augusto Aranha
Somente um ingênuo poderá achar que os institutos de pesquisas apresentam dados totalmente idôneos e científicos em suas pesquisas de intenção de votos. Mesmo que a metodologia utilizada tenha fundamentos científicos comprovados existem diversos elos na corrente onde estes dados podem ser modificados. Um deles são os próprios pesquisadores de campo que, certamente, têm suas preferências e candidatos, podendo induzir a opinião dos indecisos. Além disso temos os interesses de quem paga a pesquisas, as pressões políticas e tantas outras.
Mas o que me surpreende é estes institutos analisarem sempre baseados estritamente nas projeções futuras e não levarem em conta os números consolidados das eleições anteriores. Estes, sim, tem relevância especial pois não podem mais ser manipulados e indicam as tendências que temos no nosso quadro político.
Sobre isso, apresento alguns dados interessantes que passam “batido” por toda a mídia.
Nas 3 ultimas eleições para presidente o PT teve , no 1° turno, uma performance parecida em percentuais, apesar de viver situações econômicas e de avaliação distintas.
Nas 3 ultimas eleições para presidente o PT teve , no 1° turno, uma performance parecida em percentuais, apesar de viver situações econômicas e de avaliação distintas.
- Em 2002, para um eleitorado de 115.254.113, Lula teve 39.454.692 de votos, ou seja, 34,23%.
- Em 2006, para um eleitorado de 125.913.479, Lula teve 46.662.365 de votos, ou seja, 37,05%.
- E em 2010, para um eleitorado de 135.804.043, Dilma teve 47.651.434 votos, ou seja, 35,08%.
NO LIMITE
Dentro destes dados, reais e consolidados, o PT sempre teve um percentual médio de 35,23% de votos nas últimas 3 eleições no 1° turno. Portanto é perfeitamente constatável que o número que os institutos atribuem a Dilma/PT é o limite que o partido conseguiu alcançar nas eleições que venceu. Portanto é bastante improvável o aumento do percentual de votos da candidatura do PT, mesmo sem levarmos em consideração fatores que a prejudicam muito hoje como a crise econômica (nunca “dantes” enfrentada pelo PT em outras eleições), a vontade de mudanças da população e o fator Marina, simbolizando uma nova opção (fato que não ocorreu nas outras eleições).
Para pesar dos defensores do Petismo e das análises tendenciosas dos institutos, a possibilidade de vitória de Marina no 1° turno é uma possibilidade não tão remota. Principalmente se lembrarmos que são necessários 50% mais um dos votos válidos e as pesquisas atuais não apresentam o percentual das abstenções, que sempre ultrapassaram os 17% e baixam em muito o total de votos computados.
Vamos aos números:
Vamos aos números:
- Em 2002 os votos válidos foram 84.951.149 (73,7%).
- Em 2006 os votos válidos foram 95.996.733 (76,2%).
- EM 2010 os votos válidos foram 101.590.153 (74,8%).
Analisando matematicamente, a média de votos válidos foi de no máximo 76% do eleitorado total. Para se obter a metade mais um dos votos válidos teríamos que ter cerca de 38% deste universo de eleitores cadastrados.
Eleitorado este que é o universo das pesquisas que os institutos apresentam.
Marina e Dilma tem apresentado cerca de 35% dos votos, segundo eles, os institutos. Como este é o teto do PT, Dilma não tende a crescer mais. Marina, porém, ainda tem a possibilidade de receber, na última hora uma parte dos votos de Aécio e terminar com a eleição ainda no 1° turno.
Marina e Dilma tem apresentado cerca de 35% dos votos, segundo eles, os institutos. Como este é o teto do PT, Dilma não tende a crescer mais. Marina, porém, ainda tem a possibilidade de receber, na última hora uma parte dos votos de Aécio e terminar com a eleição ainda no 1° turno.
Extraído do Portal: Tribuna Da Internet - 05/09/2014