test banner

RECESSÃO DA ECONOMIA ENTERROU A POSSIBILIDADE DE REELEIÇÃO DE DILMA

Vicente Nunes
Correio Braziliense
Reinaldo Gonçalves, professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que a recessão da economia enterrou a possibilidade de reeleição de Dilma. Para ele, assim como o avanço do PIB de 7,5% em 2010 alçou a petista ao cargo máximo da República, agora a retração da atividade a tirará do poder. “Embora as pessoas tenham dificuldade para entender os termos técnicos do PIB, a percepção de que as coisas estão ruins é clara. Você vai ao shopping e vê lojas fechando. Ouve falar que o filho do amigo perdeu emprego. Isso está no cotidiano. Muita gente que está desanimada faz tempo resolveu, finalmente, votar contra o governo”, afirma.
Nesse clima, a última sexta-feira foi de horror no Palácio do Planalto. Não bastasse o IBGE ter mostrado o país em recessão, o que deu argumentos de sobra para a oposição bater no governo durante todo o dia, à noite, confirmou-se o pior dos mundos com a divulgação da nova pesquisa do Datafolha. Marina Silva, do PSB, empatou no primeiro turno com Dilma — 34% a 34% — e a venceria facilmente no segundo, por 50% a 40%. Aliados da candidata petista já admitem que a onda que embalou Marina pode levá-la a vencer ainda na primeira fase de votação. “Infelizmente, os sinais nos recomendam a começar a arrumar as malas para desembarcar do governo”, admite um ministro do amplo trânsito no gabinete de Dilma.
MANTEGA NÃO ESPERAVA…
Guido Mantega não economizou nos esforços para se tornar o ministro da Fazenda mais longevo da história. Ele só não contava encerrar seu trabalho com a economia estagnada e carimbado pela menor taxa média de crescimento em um governo em mais de duas décadas. Isso, sem esquecer que, em 2009, incorporou uma queda no PIB em seu currículo.
Apesar de o país estar em recessão, a gula do governo por impostos continuou enorme. Pelos cálculos do IBGE, no segundo trimestre do ano, o setor público arrecadou R$ 183,65 bilhões somente com tributos sobre produtos, 2% a mais que em igual período do ano passado.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem