Chico Leite - Deputado distrital reeleito pelo PT
O senhor foi o primeiro petista a declarar apoio a Rollemberg no segundo turno. Qual será o seu perfil no próximo mandato? Governista, independente ou oposição?
Faço política por causas, não por cargos. Por sonho, não por trono. Como sempre fiz, desde o primeiro mandato, estarei com o interesse público e coletivo, fiel aos princípios, à minha consciência e à vontade da população que me elegeu, independentemente de isso agradar ou contrariar o governo.
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Seu nome foi cotado para ser o vice de Rollemberg, caso tivesse saído do PT e migrado para outro partido. Vendo agora o resultado eleitoral, lamenta não ter integrado a chapa?É sempre reconfortante ser lembrado pelas pessoas de bem.
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Está na disputa pela presidência da Câmara?
Sou candidato à presidência e já comuniquei ao líder da bancada e ao presidente do PT. Modestamente, com a experiência de 12 anos como parlamentar, creio que posso contribuir para que o Legislativo, com uma gestão ética, transparente e participativa, mostre à população a sua importância.
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Aceitaria um cargo no Executivo?
Estou convencido de que, nos moldes do que ocorre no Direito anglo-saxão, quem é eleito para o Legislativo deve ao eleitor o exercício do mandato.
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E se aparecer uma vaga no Tribunal de Contas... Gostaria de ser conselheiro?
Como o Tribunal integra o Legislativo, seria mais uma possibilidade de contribuir com a sociedade na fiscalização dos gastos públicos. Mas penso que é muito pequeno colocar os interesses pessoais acima dos interesses da cidade.
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Não acha uma ofensa à população a Câmara Legislativa aprovar uma mudança no Código de Ética
que impede a abertura de praticamente todos os processos por quebra de decoro
parlamentar na Casa?
Além de inconstitucional, porque viola o princípio da independência dos poderes e o princípio da representação popular, é um retrocesso no processo democrático, fazendo parecer até que existe
algum temor.
Fonte: Coluna Eixo Capital - por Ana Maria Campos - 23/11/2014