Caso o leitor se dê ao trabalho de pesquisar na história mundial os regimes comunistas e afins, chamados genericamente de esquerdas, vai se deparar com algumas características comuns a todos eles, no tempo e no espaço.
Além da insistência na preservação do partido único a que todos devem se submeter, e do ferrenho controle da imprensa, um dos principais elementos que caracterizam esses regimes é o controle, quase paranoico, sobre as reais condições dos recursos do Estado.
A transparência sobre as finanças públicas nesses regimes é, geralmente, substituída por uma contabilidade fictícia, na qual os números refletem apenas os mesmos elementos ilusórios presentes na propaganda do partido. Para armar toda essa pantomima aritmética e fazê-la crível à população, todos os órgãos de fiscalização do Estado passam a ser controlados e aparelhados.
Com a fiscalização frouxa e com a hipertrofia do Executivo sobre os demais poderes, o próximo passo é dado com a modificação ou a destruição de toda legislação que vise bisbilhotar as contas públicas. Esconder gastos indevidos e desvios de recursos chega a ser uma necessidade vital para a permanência desses regimes no poder.
A verdade e a realidade têm o mesmo efeito radioativo da criptonita para o super-homem. Brasília é um bom exemplo dessa disfunção orgânica das esquerdas. Somente agora, a poucos dias do término do atual governo, é que a nova administração se deu conta de que os cofres públicos foram raspados, restando apenas as notas promissórias referentes às contas a pagar.
Não deve ser diferente no plano federal. Pelo contrário, as contas públicas no âmbito do país estão em situação muito pior. A calamidade na contabilidade real, fechada a sete chaves, deveria merecer maior atenção de todos. Para tanto é preciso que as oposições e todos os órgãos de controle independentes obriguem o governo a abrir as contas do país a auditorias isentas e de renome.
A verdade é que ninguém conhece as entranhas econômicas do Brasil. Talvez o governo esconda essa realidade dos olhos públicos, justamente porque a realidade pode mostrar que esse é um país de alguns.
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Fonte: Coluna "Visto, lido e ouvido" - Ari Cunha - Com Circe Cunha. Correio Braziliense - 16/12/2014
Além da insistência na preservação do partido único a que todos devem se submeter, e do ferrenho controle da imprensa, um dos principais elementos que caracterizam esses regimes é o controle, quase paranoico, sobre as reais condições dos recursos do Estado.
A transparência sobre as finanças públicas nesses regimes é, geralmente, substituída por uma contabilidade fictícia, na qual os números refletem apenas os mesmos elementos ilusórios presentes na propaganda do partido. Para armar toda essa pantomima aritmética e fazê-la crível à população, todos os órgãos de fiscalização do Estado passam a ser controlados e aparelhados.
Com a fiscalização frouxa e com a hipertrofia do Executivo sobre os demais poderes, o próximo passo é dado com a modificação ou a destruição de toda legislação que vise bisbilhotar as contas públicas. Esconder gastos indevidos e desvios de recursos chega a ser uma necessidade vital para a permanência desses regimes no poder.
A verdade e a realidade têm o mesmo efeito radioativo da criptonita para o super-homem. Brasília é um bom exemplo dessa disfunção orgânica das esquerdas. Somente agora, a poucos dias do término do atual governo, é que a nova administração se deu conta de que os cofres públicos foram raspados, restando apenas as notas promissórias referentes às contas a pagar.
Não deve ser diferente no plano federal. Pelo contrário, as contas públicas no âmbito do país estão em situação muito pior. A calamidade na contabilidade real, fechada a sete chaves, deveria merecer maior atenção de todos. Para tanto é preciso que as oposições e todos os órgãos de controle independentes obriguem o governo a abrir as contas do país a auditorias isentas e de renome.
A verdade é que ninguém conhece as entranhas econômicas do Brasil. Talvez o governo esconda essa realidade dos olhos públicos, justamente porque a realidade pode mostrar que esse é um país de alguns.
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Fonte: Coluna "Visto, lido e ouvido" - Ari Cunha - Com Circe Cunha. Correio Braziliense - 16/12/2014