Ônibus parados por causa da greve de rodoviários no estacionamento do Estádio Nacional de Brasília
(Foto: Raquel Morais/G1)
Ato afeta quase 700 mil passageiros de 17 regiões
administrativas.Governo diz que expectativa é de que o salário seja pago nesta
segunda.
Apesar de o DFTrans ter anunciado repasse de
R$ 35 milhões às empresas de ônibus do Distrito Federal,
rodoviários da Urbi, Pioneira e Marechal mantiveram os braços cruzados no
início desta segunda-feira (8). O sindicato da categoria disse que as
atividades, paradas há três dias, só serão retomadas quando os salários
atrasados forem pagos. A paralisação afeta 17 regiões administrativas.
(Foto: Raquel Morais/G1)
Ato afeta quase 700 mil passageiros de 17 regiões
administrativas.Governo diz que expectativa é de que o salário seja pago nesta
segunda.
Apesar de o DFTrans ter anunciado repasse de
R$ 35 milhões às empresas de ônibus do Distrito Federal,
rodoviários da Urbi, Pioneira e Marechal mantiveram os braços cruzados no
início desta segunda-feira (8). O sindicato da categoria disse que as
atividades, paradas há três dias, só serão retomadas quando os salários
atrasados forem pagos. A paralisação afeta 17 regiões administrativas.
A expectativa, de acordo com o secretário de Transporte,
José Walter Vazquez, é que o dinheiro caia na conta nesta segunda. "Acho
que houve uma precipitação com relação à greve do dia de hoje, já que o
dinheiro já estava garantido", disse. "Eu não acredito que um atraso
de um dia útil seja motivo para privar 700 mil usuários de seu
transporte."
O gestor disse ainda que a dívida com as empresas de
transporte público é de R$ 80 milhões. "Tivemos esse descompasso no
orçamento do DFTrans por uma questão formal-burocrática", completou.
Passageiros fecham Epia Sul em protesto contra falta de ônibus (Foto: TV Globo/Reprodução)
Paralelamente, motoristas e cobradores das cooperativas
MSC e Alternativa, que atendem seis regiões administrativas, também decidiram
manter a paralisação. As entidades começaram a
greve na quinta.
Segundo o diretor-geral do DFTrans, Jair Tedeschi, dos
R$ 35 milhões pagos, R$ 1,9 milhão foram para a Pioneira, R$ 6,3 milhões para a
Urbi, R$ 6,5 milhões para Marechal, R$ 7 milhões para Piracicabana e R$ 6
milhões para a São José.
Parte dos rodoviários reclama do atraso no pagamento do
13º, que deveria ocorrer até o dia 30. Outros alegam que, além do 13º salário,
não receberam cesta básica, tíquetes e pagamentos de novembro e dezembro.
Por causa da greve, passageiros fecharam a via Epia Sul no início da noite de sexta. A rodovia
— uma das mais movimentadas do DF — é a principal ligação entre o centro da
capital federal e o Entorno.
Ao G1, o diretor financeiro da MCS, Pericles Filgueiras,
afirmou que a autarquia está devendo os repasses da bilhetagem eletrônica. Eles
utilizariam este dinheiro para pagar o 13° salário dos funcionários.
Na última paralisação dos rodoviários da cooperativa, foi
acordado que o valor arrecadado da catraca substituiria o dinheiro que a pasta
deveria pagar a empresa. De acordo com Filgueiras, a quantia não é suficiente.
"O valor da catraca não é suficiente para pagar
todos os gastos. Chegamos a um limite que não conseguimos mais. Tem manutenção
do carro, limpeza e etc. Chegou num momento em que a única solução é receber do
DFTrans", afirmou.
Improbidade
O Ministério Público do Distrito Federal encaminhou um
ofício nesta sexta ao DFTrans advertindo o órgão sobre possíveis ações na
Justiça por improbidade administrativa contra gestores do GDF "caso a
inadimplência com as empresas do transporte coletivo público persista e siga
provocando prejuízos à população usuária".
Tedeschi afirmou que recebeu o ofício e que vai
responder ao MP nesta segunda. Segundo ele, um estudo de contas está sendo
feito pelo órgão, mas um parecer conclusivo sobre a situação financeira só deve
ser concluído em cinco dias.
Se forem levados à frente, os processos por improbidade
podem ser abertos contra o governador Agnelo Queiroz, os secretários da Fazenda
e do Transporte e o diretor-geral do DFTrans, segundo o ofício do MP.
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