Foto: manifestante de 80 anos arrastada para fora do plenário da câmara dos deputados.
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Em edição extra do Diário Oficial da União, publicada, na última sexta-feira, dia 28 de novembro, o governo federal instituiu, de forma patente, a política da troca de favores que habitualmente era feita longe dos holofotes.
Agora é oficial o toma lá da cá entre Executivo e Legislativo. Às vésperas da votação do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN 36), alterando a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo resolveu adoçar a boca enorme da base dita aliada com o aumento nos valores das emendas parlamentares.
Pelo texto inusitado, cada parlamentar terá direito agora à um acréscimo de R$ 750 mil em suas emendas, passando dos atuais R$ 10,8 milhões para R$ 11,6 milhões.
O agrado resultará num desembolso de R$ 444 milhões pelos cofres públicos. Mais impressionante do que tornar públicas, atos, digamos, pouco republicanos, é a coragem em explicitar, oficialmente, as condições para o presente extra aos parlamentares.
No texto do DOU o governo manda avisar: a distribuição e a utilização do valor da ampliação... ficam condicionadas à publicação da Lei resultante da aprovação do PLN 36 de 2014, em tramitação no Congresso Nacional".
Também o ministro que cuida das relações institucionais entre os dois poderes, escalado para a missão inglória, lembrou que o
descontingenciamento geral depende, lógico, de um superávit, mesmo que artificial e sem lastro confiável.
O episódio serve para alertar, aos desavisados, que as mudanças prometida pela candidata eleita nas práticas políticas, são apenas promessas de campanha passadas.
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Fonte: Coluna Visto, lido e ouvido - Correio Braziliense - 12/12/2014
*Ilustração do Blog
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Em edição extra do Diário Oficial da União, publicada, na última sexta-feira, dia 28 de novembro, o governo federal instituiu, de forma patente, a política da troca de favores que habitualmente era feita longe dos holofotes.
Agora é oficial o toma lá da cá entre Executivo e Legislativo. Às vésperas da votação do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN 36), alterando a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo resolveu adoçar a boca enorme da base dita aliada com o aumento nos valores das emendas parlamentares.
Pelo texto inusitado, cada parlamentar terá direito agora à um acréscimo de R$ 750 mil em suas emendas, passando dos atuais R$ 10,8 milhões para R$ 11,6 milhões.
O agrado resultará num desembolso de R$ 444 milhões pelos cofres públicos. Mais impressionante do que tornar públicas, atos, digamos, pouco republicanos, é a coragem em explicitar, oficialmente, as condições para o presente extra aos parlamentares.
No texto do DOU o governo manda avisar: a distribuição e a utilização do valor da ampliação... ficam condicionadas à publicação da Lei resultante da aprovação do PLN 36 de 2014, em tramitação no Congresso Nacional".
Também o ministro que cuida das relações institucionais entre os dois poderes, escalado para a missão inglória, lembrou que o
descontingenciamento geral depende, lógico, de um superávit, mesmo que artificial e sem lastro confiável.
O episódio serve para alertar, aos desavisados, que as mudanças prometida pela candidata eleita nas práticas políticas, são apenas promessas de campanha passadas.
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Fonte: Coluna Visto, lido e ouvido - Correio Braziliense - 12/12/2014
*Ilustração do Blog