Rogério Rosso Deputado federal eleito e presidente do PSD-DF
O PSD tem o vice, Renato Santana. Já está contemplado no governo?
Dizem que existem dois tipos de vice: o ativo e o passivo. São tantos os problemas que o DF enfrenta, tantos desafios, que pela característica pessoal do Renato, será difícil encontrá-lo no gabinete e muito fácil falar com ele junto à comunidade, nas cidades, resolvendo os problemas na ponta. PSB é o arroz e o PSD, o feijão.
Renato Santana cresceu trabalhando com você. Pode-se imaginar que você vai mandar no vice?
É mais fácil ele mandar em mim... (risos). Mas falando sério: quem manda mesmo em todos nós é a população. Quem não entender isso não triunfará.
Qual vai ser a participação do PSD no Executivo?
Aquela que o Rodrigo e os partidos aliados entenderem ser importante, a contribuição mais essencial e direta do partido. Temos bons nomes, experiência e excelentes resultados em diversas áreas. É importante lembrar que o PSD-DF tem também agora um senador, o Helio Jose, e um deputado federal, além de estar na base da presidente Dilma (Rousseff), tendo inclusive o ministro Afif Domingos como chefe da pasta das Micro e Pequenas empresas.
Sua mulher, Karina Rosso, será indicada a algum cargo?
O Rodrigo perguntou para a Karina se ela estaria disposta a ajudar o DF. E a Karina não é de fugir de responsabilidades. Sem contar que ela se identifica muito na área social.
Qual fim de governo foi mais movimentado: este ou o seu, em 2010?
Com certeza, o que estamos passando agora. Movimentado até demais, mas infelizmente com um viés altamente negativo.
E qual teve o mato mais alto?
(Risos) Esses dias vi um boi lá na M Norte comendo o mato...
Na visão de quem passou pelo governo, o que está acontecendo agora no DF?
Falta de controle e planejamento. Mas não vou apontar culpados ou pré-julgar ninguém, tal como fizeram conosco no fim de 2010. Deixamos recursos no caixa, atestado pelo Tribunal de Contas, nunca atrasamos pagamentos, inclusive antecipando em dezembro. O transporte estava funcionando, saúde pública regularizada, obras importantes entregues (como a EPTG), chamamos concursados e novos policiais. Mas vamos aguardar os acontecimentos e o desenrolar dos fatos para melhor avaliação. Apenas uma certeza: o Rodrigo e o Renato terão muito mais trabalho do que eles imaginam.
*****
Fonte: Coluna Eixo Capital - Correio Braziliense - 14/12/2014