O ministro Gilmar Mendes, que apresenta hoje seu parecer sobre as contas da presidente Dilma Rousseff na disputa presidencial de 2014, minimizou o parecer de técnicos do Tribunal Superior Eleitoral, que pedem sua reprovação; "Esse parecer é um parecer. O tribunal é que vai decidir. Não tem caráter vinculante", disse ele, acrescentando ainda que "ninguém precisa ficar nervoso com isso"; no PT, no entanto, a expectativa é que Gilmar vote contra Dilma e tente influenciar as opiniões dos demais ministros.
Brasília 247 - O ministro Gilmar Mendes, que apresenta hoje seu parecer sobre as contas de campanha da presidente Dilma Rousseff, tentou minimizar a tensão reinante em Brasília. "Ninguém precisa ficar nervoso com isso", disse ele, que é relator do caso no Tribunal Superior Eleitoral.
Gilmar lembrou que, em 2010, na primeira eleição de Dilma, já tinha havido manifestação dos técnicos do tribunal apontando irregularidades. Desta vez, eles apontam erros em 4% das receitas e 14% das despesas. "Esse parecer é um parecer. O tribunal é que vai decidir. Não tem caráter vinculante", disse Gilmar.
Desta vez, os técnicos apontam irregularidades que representam 4% do total das receitas de Dilma (R$ 14 milhões) e 14% das despesas (cerca de R$ 48 milhões). No entanto, as mesmas empresas que doaram para Dilma e são suspeitas de terem ultrapassado o teto permitido de doações (2% do faturamento) também doaram para os candidatos Aécio Neves e Marina Silva.
No PT, apesar do tom ainda conciliador, a aposta é que Gilmar votará pela rejeição das contas de Dilma, mas elas acabarão sendo aprovadas pelo TSE, ainda que com ressalvas.