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TRANSIÇÃO » Governo Rollemberg se define

Governador eleito do DF deve anunciar segunda-feira o primeiro escalão de sua equipe. Além de acomodar aliados e buscar colaboradores de perfil técnico, socialista pretende enxugar a máquina administrativa, reduzindo o número de secretarias

Por: Matheus Teixeira - Correio Braziliense 
Publicação: 11/12/2014

Hélio Doyle deve assumir a Secretaria de Governo; e Leany Lemos (C) será de uma pasta de perfil mais técnico (Antonio Cunha/CB/D.A Press - 25/11/14)
Hélio Doyle deve assumir a Secretaria de Governo; e Leany Lemos (C) será de uma pasta de perfil mais técnico


Os escolhidos para ocupar as secretarias no futuro governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) serão anunciados no início da próxima semana. As negociações — e as disputas — nos bastidores estão em fase final. Até o momento, a única certeza é que haverá uma reforma administrativa: das atuais 39 secretarias, restarão, no máximo, 22. No primeiro escalão, devem ser contemplados somente os partidos que estavam na coligação desde o início da campanha, PSB, PDT, SD, PSD e Rede Sustentabilidade. Aqueles que se aliaram no segundo turno devem emplacar os correligionários em diretorias de estatais e fundações, nas administrações regionais ou em cargos importantes — mas abaixo dos secretários. 

Alguns nomes são dados como certos na composição de governo do PSB. O coordenador-geral da campanha e, depois, da transição, Hélio Doyle, deve exercer papel de destaque na futura gestão e pode ficar com a Secretaria de Governo. A área de comunicação deve ficar vinculada à pasta, dividida em subsecretarias.

O presidente do PSB-DF, Marcos Dantas, será outro homem forte no grupo de decisões do futuro governador. Ele é cotado para a Casa Civil. Os quatro técnicos que compõem a coordenadoria da transição também devem figurar na lista a ser apresentada. São eles: Leany Lemos, Rômulo Neves, Carlos Henrique Tomé e Paulo Salles. Os três primeiros devem se dividir em três secretarias: Planejamento e Orçamento, Fazenda e Administração. O quarto, Salles, é professor de biologia da Universidade de Brasília (UnB) e conta com a confiança do futuro governador. Compadre de Rollemberg — um é padrinho do filho do outro —,  milita no PSB há muitos anos. Pela relação histórica e pela área de atuação, pode ser incumbido de tocar a pasta de Ciência e Tecnologia. Além dele, Professor Pacco, candidato a deputado federal mais votado do PSB, com 28 mil votos, deve ser assessor especial de Rollemberg.

Pedetistas


A pasta do Trabalho ficará com o PDT, e o presidente da sigla, Georges Michel, é o que tem mais chances de assumir a função. O partido tem três distritais e deve ser agraciado com mais uma ou duas secretarias — entre elas, a de educação. O nome do escolhido deverá passar pelo crivo do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). O Meio Ambiente provavelmente ficará com a Rede Sustentabilidade — legenda a ser criada no próximo ano e concebida pela ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. O candidato a deputado federal André Lima, ligado a Marina,  pode a ocupar a pasta. Jane Vilas Bôas, integrante da executiva nacional da Rede, é a outra cotada.

A esposa do novo governador, Márcia Rollemberg, atualmente secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, não esconde de pessoas próximas a vontade de chefiar a secretaria de Cultura. A filha do poeta Tetê Catalão, Nanan Catalão, ajudou a escrever as propostas do tema no programa de governo socialista e é outra a ser considerada na Cultura. 

A secretaria de Desenvolvimento Econômico deve ficar com o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. Então no PR de José Roberto Arruda e de Jofran Frejat, ele se desligou do grupo e declarou apoio a Rollemberg no primeiro turno da eleição.  

Marcelo Dourado, histórico aliado de Rollemberg, ex-superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco),ocupará função relevante no governo. Gustavo Souto Maior, ex-presidente do Ibram, é ligado ao deputado federal eleito Augusto Carvalho (SD) e pode surgir na composição do GDF. Julio Miragaya, atual chefe da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), agrada ao PSB e pode ser um dos únicos remanecentes da atual gestão. 
Na sessão de ontem, o Tribunal Regional Eleitoral  aprovou por unanimidade as contas de campanha de Rollemberg.

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