A senadora Marta Suplicy (PT-SP) voltou a criticar nesta terça-feira,
27, a presidente Dilma Rousseff e a condução da política econômica, gerida sem
"transparência", "confiança" e "credibilidade".
Após listar uma série de problemas que o País atravessa, da economia à saúde, a
senadora decreta: "A peça se desenrola com enredo atrapalhado e
incompreensível. O diretor sumiu", escreve Marta, repetindo na última
frase o título do artigo publicado na edição de hoje do jornal Folha de S.
Paulo.
O texto de Marta Suplicy tem críticas às
recentes medidas adotadas pela equipe econômica da presidente, chamadas de
"maldades", e diz que Dilma está "fazendo a vaca engasgar de
tanto tossir". "É óbvio que ela sabe o tamanho das maldades que estão
sendo implementadas para consertar a situação que, na realidade, não era rósea
como foi apresentada na eleição", afirma.
Por outro lado, Marta diz que falta apoio
de Dilma aos nomes que escolheu e acusa a presidente de
"desautorizar" um membro da equipe. Marta se refere ao caso da
mudança da regra do salário mínimo, anunciado pelo ministro do Planejamento,
Nelson Barbosa, e desmentido em nota no dia seguinte. "A situação persiste
sem clareza do que pensa a presidenta".
Marta coloca a presidente na mira também do
PT ao lembrar das críticas feitas pela Fundação Perseu Abramo às medidas
impopulares adotadas no início deste segundo mandato. As críticas da senadora
se estendem também ao PT - hoje insatisfeito com a presidente, mas que
"vive situação complexa". Marta acusa seu partido de ter
"embarcado no circo de malabarismos econômicos" e prometer um futuro
sem agruras, mas "agora está atarantado sob sérias denúncias de
corrupção".
Para a senadora, faltou transparência ao
governo na condução da política econômica e no discurso eleitoral. "O
simpatizante PT não entende o porquê. Se tudo ia bem, era necessário alguém
para implementar ajustes e medidas tão duras e negadas na campanha? Nenhuma
explicação", argumenta.
Fonte: Estadao
Conteudo