Após denúncias de que animais de raça comprados teriam
causado acidentes durante treinamentos por falta de doma, corporação impede que
equinos sigam para a rua. Presidente de associação de militares aponta risco
para profissionais e para sociedade.
Os 100 cavalos da Raça Brasileira de Hipismo comprados na
gestão do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), por um processo licitatório que
custou cerca de R$ 3 milhões, ainda não estão nas ruas. Isso porque os dois
primeiros lotes de equinos que chegaram ao DF — com 20 animais cada um — teriam
causado acidentes durante os treinos por não serem domados. O comando da
corporação não confirma a informação e diz que os animais estão sendo
submetidos a novos testes para adequação ao ambiente urbano e a possíveis
adversidades de eventos, como manifestações, nos quais comumente há a presença
do Batalhão da Polícia Montada.
A situação dos cavalos foi denunciada por policiais militares que não quiseram se identificar. Eles afirmam que, diferentemente do que previa o edital, os animais não teriam sido domados e estariam ariscos. Isso provocou vários acidentes, com riscos físicos a alguns militares.
De acordo com o vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do DF (Aspra-DF), o sargento reformado Manoel Sansão Alves Barbosa, alguns acidentes foram relatados a ele. Por isso, enfatiza a necessidade da doma. “Temos que considerar que o preço de um cavalo domado é diferente do custo de um animal arisco. Isso tudo tem relação com o que foi feito no governo passado. E, claro, quem paga o pato é a sociedade”, criticou. “Vários policiais já caíram. Então, acho que é um risco para os profissionais”, completou.
Segundo o tenente-coronel responsável pelo treinamento, Leandro Arthur Schweitzer, que falou com a reportagem por telefone, os cavalos estão domados, mas não treinados para situações específicas. “A situação de doma é diferente se compararmos uma fazenda e o meio urbano. Asfalto, barulho, bombas são coisas a que eles não estão acostumados. Por isso, os testes”, explicou. Os cavalos têm idades a partir de 3 anos, o que corresponderia a um adolescente entre 14 e 18 anos. “Há cavalos da PM com 20, 30 anos. Se compararmos a um adulto humano, seria uma pessoa com 40 anos, idade em que eles teriam mais discernimento”, completou.
De acordo com Schweitzer, as quedas são comuns em treinos até que os cavalos estejam aptos para iniciar as atividades na rua. “Pessoas experientes caem. Eu já caí e não tenho vergonha disso. É normal. Esses testes estão sendo feitos para garantir a segurança dos policiais e dos cidadãos”, justificou. Ainda segundo o tenente-coronel, os policiais que estão montando os animais são voluntários e podem mudar de função.
Linhagem europeia
A situação dos cavalos foi denunciada por policiais militares que não quiseram se identificar. Eles afirmam que, diferentemente do que previa o edital, os animais não teriam sido domados e estariam ariscos. Isso provocou vários acidentes, com riscos físicos a alguns militares.
De acordo com o vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do DF (Aspra-DF), o sargento reformado Manoel Sansão Alves Barbosa, alguns acidentes foram relatados a ele. Por isso, enfatiza a necessidade da doma. “Temos que considerar que o preço de um cavalo domado é diferente do custo de um animal arisco. Isso tudo tem relação com o que foi feito no governo passado. E, claro, quem paga o pato é a sociedade”, criticou. “Vários policiais já caíram. Então, acho que é um risco para os profissionais”, completou.
Segundo o tenente-coronel responsável pelo treinamento, Leandro Arthur Schweitzer, que falou com a reportagem por telefone, os cavalos estão domados, mas não treinados para situações específicas. “A situação de doma é diferente se compararmos uma fazenda e o meio urbano. Asfalto, barulho, bombas são coisas a que eles não estão acostumados. Por isso, os testes”, explicou. Os cavalos têm idades a partir de 3 anos, o que corresponderia a um adolescente entre 14 e 18 anos. “Há cavalos da PM com 20, 30 anos. Se compararmos a um adulto humano, seria uma pessoa com 40 anos, idade em que eles teriam mais discernimento”, completou.
De acordo com Schweitzer, as quedas são comuns em treinos até que os cavalos estejam aptos para iniciar as atividades na rua. “Pessoas experientes caem. Eu já caí e não tenho vergonha disso. É normal. Esses testes estão sendo feitos para garantir a segurança dos policiais e dos cidadãos”, justificou. Ainda segundo o tenente-coronel, os policiais que estão montando os animais são voluntários e podem mudar de função.
Linhagem europeia
O
Batalhão da Polícia Militar sinaliza que os cavalos estejam aptos para as
atividades em fevereiro, após a conclusão dos testes. Os animais da Raça
Brasileira de Hipismo são de uma linhagem europeia de salto e adestramento e
têm aptidão para competições de hipismo, como o Correio noticiou em 7 de
dezembro de 2014, na coluna Eixo Capital. O custo médio de cada um foi de R$ 30
mil pelos cofres públicos.
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Por: Mariana Laboissière - Correio Braziliense