Ex-governador do Distrito Federal
Agnelo Queiroz, que deixou os cofres públicos vazios e parte do funcionalismo
sem pagamento, deve ser acionado na Justiça pela produtora Fabrika Filmes, por
um débito de R$ 1,5 milhão, que não foi contabilizado na prestação de contas ao
TSE
Após deixar os cofres públicos vazios e uma parte do
funcionalismo sem pagamento, o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz
pode responder por um débito R$ 1,5 milhão com uma produtora. Novo impasse pode
resultar em sua expulsão do PT.
Segundo
a colunista Mônica Bergamo (CONTAS), a empresa Fabrika Filmes
pretende acionar o petista na Justiça para receber pelas peças produzidas
durante a campanha.
O valor não consta na prestação de
contas ao TSE e pode render a Agnelo uma condenação por crime eleitoral. Tanto
ele, quanto seu vice, Tadeu Filipelli (PMDB), podem ser punidos até com
inelegibilidade.
Para líderes do PT, caso pode
reforçar sua saída do partido. Agnelo está nos EUA para um curso de reciclagem
em medicina.
CONTAS A PAGAR
A Coligação Respeito por Brasília, pela qual
Agnelo Queiroz (PT) concorreu à reeleição no Distrito Federal, vai ser acionada
na Justiça por um débito de R$ 1,5 milhão com a Fabrika Filmes, produtora que
fez os vídeos da campanha. Na prestação de contas ao TSE, o valor não foi
contabilizado, o que pode caracterizar crime eleitoral, já que o fornecedor tem
contrato e nota promissória em garantia pelo serviço.
CONTAS 2
Nesse caso, tanto Agnelo quanto seu vice,
Tadeu Filipelli (PMDB), podem ser punidos até com inelegibilidade. "A
produtora fez um trabalho profissional. Só queremos receber aquilo que nos é
devido", diz José Luiz Nogueira, um dos sócios da Fabrika. Na prestação de
contas, a produtora aparece como beneficiária de R$ 4,2 milhões, e não dos R$
5,7 milhões do contrato. A última parcela não teria sido paga nem escriturada
como dívida de campanha.
CONTAS 3
Abdon Araújo, um dos coordenadores da
campanha de Agnelo, informa que o ex-governador está nos Estados Unidos e só
ele falaria sobre os pagamentos. Um dos advogados da coligação, que não
trabalha mais com o candidato, diz que "pode ter sido um acerto que
incluía o segundo turno, que não houve". A produtora diz que o montante
foi para o primeiro turno.
FORA DO
PT
O novo imbróglio envolvendo o ex-governador
do DF, que deixou os os cofres vazios e parte do funcionalismo sem receber,
pode ser a gota d'água para a expulsão dele do PT. Líderes petistas ouvidos
pela coluna lembram que ele veio do PCdoB e que o partido não vai ser solidário
com dirigentes que cometeram irregularidades.
Fonte: 247 - Monica Bergamo (Folha)