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A BRIGA ENTRE DIRCEU E LULA, SEGUNDO A REVISTA VEJA

DIGITAIS – Dirceu, apontado como padrinho do diretor da Petrobras envolvido no esquema, queria combinar com Lula uma estratégia de defesaPedro do Coutto
A Revista Veja que circulou sábado e que se encontra nas bancas, através de reportagem de Daniel Pereira, publica declarações atribuídas ao ex-ministro José Dirceu, feitas após tentativa de contato com o ex presidente Lula, que não teria respondido a seu telefonema sobre a marcação de um encontro pessoal. A reportagem vê nesse episódio um distanciamento entre o ex-presidente e seu ex-ministro Chefe da Casa Civil. Dirceu deixou o cargo no episódio do mensalão, em 2005, momento em que perdeu a perspectiva de ser o candidato do PT à presidência na sucessão de 2010. Era praticamente o primeiro-ministro do governo, tanto assim que Lula o chamava de o capitão do time.
Mas o tempo passou, os fatos se sucederam e a reportagem de Veja assinala que Dirceu, preocupado com os rumos do inquérito na Petrobrás, pediu para conversar pessoalmente, com o objetivo de se colocar à disposição para ajudar os companheiros da legenda a rebater as acusações e fixar uma estratégia de defesa, segundo a reportagem. A preocupação maior de José Dirceu é com a posição do ex-diretor Renato Duque.
Acentua a matéria que Lula não ligou de volta e determinou a Paulo Okamoto, presidente do Instituto que leva o nome do ex presidente, que se comunicasse com Dirceu. Assim foi feito e Okamoto indagou a Dirceu o que ele estaria precisando. Quanto à resposta dada por Dirceu a revista publica uma frase entre aspas: “Você acha que vou ligar para pedir alguma coisa? Vocês me abandonaram há tempos”, acrescentou.
Portanto, se a frase está reproduzida literalmente, é porque foi transmitida à reportagem pelo próprio ex-ministro. Não há outra explicação. Logicamente, não pode ter sido Lula, tampouco Paulo Okamoto.
MARCOS VALÉRIO
A matéria refere-se a seguir num diálogo entre Okamoto e Marcos Valério, condenado por seu envolvimento no mensalão a 37 anos e 5 meses de prisão. Aliás o maior condenado de todos os punidos naquele processo. Retornando à iniciativa não concretizada de José Dirceu, a Veja acentua que o ex-ministro desejou deixar claro a necessidade de o governo e o PT organizarem uma sólida estratégia de defesa no caso Petrobrás. Isso porque surgiram os que obtiveram a delação premiada cujos reflexos se projetam em numerosos contratos realizados pela empresa. Essas delações podem se estender além dos limites dos quais se encontram hoje. O que torna certo, acrescenta a reportagem, que haverá punições. De fato, pode se presumir que, no esforço de se encontrar com Lula e agora divulgar o fracasso da tentativa, Dirceu forneceu à reportagem a manifestação de um inconformismo que o deixou tacitamente exposto.

Tribuna da Internet

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