Esqueçam de uma vez por todas o
que a presidente Dilma Rousseff anunciou na TV no ano passado. O fato concreto
é que a conta de energia elétrica dos consumidores brasileiros vai ficar,
em média, 23,4% mais cara a partir de segunda-feira (2), informou a Aneel
(Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (27). Ao todo, 58
concessionárias de energia elétrica receberam aval da agência para reajustar as
tarifas.
De acordo com a Federação do
Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ), o aumento extraordinário
vai se somar à variação de 27,1% acumulada em 12 meses, o que representa
elevação de 56,8% desde fevereiro de 2014.
A Fecomércio RJ ressaltou, em nota,
que, comparados à inflação média, “os reajustes — passado e futuro — da energia
elétrica se mostram descolados da realidade de empresas e consumidores
residenciais”.
Ainda segundo o texto, a elevação de 23,4% no país e 22,5% no
Rio (para os consumidores da Light) vai causar impacto aproximado de,
respectivamente, 0,8 ponto percentual e 0,9 ponto percentual.
No texto, a federação afirma que
“o governo precisa aprimorar a fiscalização e fazer cumprir regras já
assumidas, de maneira a prevenir reajustes alheios ao ambiente produtivo, assim
como apagões”, e defende que é necessário “que haja compensações, como bônus
para consumidores e estabelecimentos que reduzam o consumo de energia”.
Para os consumidores da cidade de
São Paulo, o reajuste será de 31,9% — reajuste autorizado pela agência à
Eletropaulo. Os clientes da Cemig terão aumento de 28,8% na conta de luz. Já os
usuários da Light no Rio de Janeiro vão sentir um aumento de 22,5% na conta de
energia.
De acordo com a agência, a
revisão extraordinária de tarifas foi necessária para custear o aumento no
repasse da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), uma vez que o Tesouro não
fará aportes na conta esse ano, e para fazer frente ao reajuste da energia de
Itaipu.
A cota da CDE subiu de R$ 1,7
bilhão em 2014 para R$ 22,06 bilhões em 2015.
Outra razão para o aumento é o
reajuste do preço da energia elétrica gerada na usina de Itaipu, no Paraná. De
acordo com a agência, a energia da usina é comprada, especialmente, pelas
distribuidoras que atuam nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Chega a
representar cerca de 20% da compra de energia dessas concessionárias.
A energia vendida por Itaipu
ficou 46% mais cara e o valor é cobrado em dólar, que sofre influência da
variação cambial e gira em torno de R$ 2,90 nessa semana. A agência informou
ainda que o principal motivo para a variação da tarifa de Itaipu foi a falta de
chuvas em 2014.
Veja o tamanho do reajuste e o peso no seu bolso de
acordo com a concessionária de energia:
CELPE - 2,2%
CELESC - 24,8%
COSERN - 2,8%
BANDEIRANTE - 24,9%
CEMAR - 3,0%
ENF - 26,0%
CEPISA - 3,2%
ESCELSA - 26,3%
CELPA - 3,6%
CEMAT - 26,8%
ENERGISA PB –
3,8%
ENERGISA MG –
26,9%
CELTINS - 4,5%
EFLUL - 27,0%
CEAL - 4,7%
ELETROCAR - 27,2%
COELBA - 5,4%
CELG - 27,5%
ENERGISA BO –
5,7%
DME-PC –
27,6%
SULGIPE - 7,5%
ENERSUL - 27,9%
ENERGISA SE –
8,0%
CEMIG - 28,8%
CPFL STA CRUZ –
9,2%
CPFL PIRATININGA –
29,2%
COELCE - 10,3%
EDEVP - 29,4%
MOCOCA - 16,2%
CPFL PAULISTA - 31,8%
CERON - 16,9%
HIDROPAN - 31,8%
CPEE - 19,1%
CFLO - 31,9%
JOAOCESA - 19,8%
ELETROPAULO - 31,9%
COOPERALIANÇA - 20,5%
FORCEL - 32,2%
ELETROACRE - 21,0%
CAIUA - 32,4%
SANTAMARIA - 21,0%
DEMEI - 33,7%
CHESP - 21,3%
MUXFELDT - 34,3%
CSPE - 21,3%
COCEL - 34,6%
CEEE - 21,9%
CNEE - 35,2%
LIGHT - 22,5%
RGE - 35,5%
CJE - 22,8%
COPEL - 36,4%
IENERGIA - 23,9%
UHENPAL - 36,8%
CEB - 24,1%
BRAGANTINA - 38,5%
ELEKTRO –
24,2%
AES SUL –
39,5%
Informações do Portal R7