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#GDF: EXECUTIVO » Petistas seguem no governo

      Roberto Policarpo, presidente do PT-DF, diz que atual gestão é contraditória

Integrantes da gestão passada continuam ocupando cargos dentro do GDF, mesmo com críticas do governador Rodrigo Rollemberg ao PT e a decisão do partido de Agnelo Queiroz de fazer oposição aos socialistas

O Partido dos Trabalhadores perdeu a última eleição para o Governo do Distrito Federal. Apesar da derrota acachapante, ainda no primeiro turno, muitas pessoas ligadas à sigla seguem em cargos estratégicos do GDF. Para não causar mal-estar, muitos deles se desligaram do PT. Mesmo com as desfiliações, integrantes de partidos da base de apoio do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) não têm gostado das escolhas. A preferência por alguns petistas, contudo, tem uma explicação: faz parte da estratégia do Palácio do Buriti em busca de uma aproximação com a legenda da presidente Dilma Rousseff, pois o GDF vê como necessário manter boa relação com a União, dona de parte da riqueza nacional. 

Uma das nomeações mais polêmicas foi a de Risomar Carvalho. Administrador de Samambaia na maior parte da gestão de Agnelo Queiroz (PT), era uma das apostas do partido na disputa à Câmara Legislativa do ano passado. Fez pouco mais de 10 mil votos, mas não garantiu um assento na Casa. Agora, será subsecretário de Atendimento às Cidades na pasta de Infraestrutura e Serviços Públicos. Risomar, que tem o nome cotado para integrar a Rede, aproveitou para levar outros ex-petistas para o gabinete.

Risomar Carvalho: petista antigo na Infraestrutura
 


Genesio Vicente foi alocado na mesma área. Integrante do segundo escalão no Planejamento no mandato anterior, ele permanece com o status, mas em outra secretaria: foi nomeado em 16 de janeiro para ser subsecretário de Gerenciamento de Obras. Secretária da Criança na época de Agnelo Queiroz (PT), Rejane Pitanga tinha como um dos principais auxiliares Antônio José Rodrigues. Ela perdeu a eleição para distrital, mas ele não ficou mal: é subsecretário de Administração Geral na Educação. 

Anadete Gonçalves Reis é uma das que não se desfiliou, de acordo com a lista de vinculados ao PT que consta no site do Tribunal Superior Eleitoral. Mesmo assim, ela segue com cargo de chefia na Casa Civil. Márcio Galvão, responsável pela área de Parceria Público Privada no mandato petista, continua no comando da área. Além desses, foram mantidas algumas pessoas com funções de chefia na secretaria de Cultura, na de Infraestrutura e no Banco de Brasília (BRB). 

“Contradição”

O presidente do PT local, Roberto Policarpo, diz não entender as críticas feitas por Rollemberg à antiga gestão durante a campanha e agora recorrer a quadros da legenda para compor o GDF. “O nosso partido tem excelentes nomes e sei que qualquer governo teoricamente de esquerda gostaria de tê-los ao lado. 

Mas é a própria contradição, depois de ter falado tão mal, convidar militantes nossos para cargos estratégicos”, critica. Ele conta que a ordem da sigla é fazer oposição aos socialistas e não integrar o governo. Em 9 de fevereiro, a Executiva da legenda vai se reunir para debater, entre outras coisas, a postura do PT em relação aos filiados que contrariam decisão conjunta do fim do ano passado. “Há uma discussão se eles podem pedir licença ou se terão de se desligar. A tendência é que sigamos a segunda ideia”, antecipa.

Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, o critério da atual gestão é a qualificação e a competência dos indicados, não a sigla ao qual são filiados. “Se um secretário considera a manutenção de um determinado servidor positiva para o andamento dos trabalhos, não vejo problema ter ligação partidária”, ressalta. Para ele, não há contradição alguma nas nomeações. “Não podemos responsabilizar cada um dos militantes do PT pelo descalabro. O responsável maior pelo que aconteceu foi o governador anterior”, aponta. 




Por: Matheus Teixeira - Correio Braziliense 

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