A tão aguardada expansão do metrô do
Distrito Federal começará a tomar forma neste ano. Está prevista para setembro
a assinatura da ordem de serviço que permitirá o início das obras da primeira
estação da Asa Norte, nas proximidades do Hospital Regional, o Hran. A
expectativa é que o local fique pronto em 2018. Também no segundo semestre,
devem começar a ser construídas duas paradas em Ceilândia e duas em Samambaia,
a ser entregues no fim de 2017. Essas cinco estações totalizarão nove
quilômetros de malha metroviária.
Em menor prazo, uma média de dois anos,
deverão ser concluídas as estações das quadras 104, 106 e 110, todas na Asa
Sul. Iniciadas em 1991, essas obras serão retomadas por meio de processos
licitatórios, previstos para maio.
"Até o fim de abril, a Companhia do
Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) pretende assinar contrato para a
aquisição de dez trens, que devem entrar em circulação em 2017, e para a
elaboração dos projetos básicos para a implementação do metrô em toda a Asa
Norte e do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na W3 Norte e Sul."
A verba para a execução desses serviços
será disponibilizada por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),
do governo federal, no valor de R$ 1.656.130.000. Também fazem parte desse
montante a modernização do sistema nos quesitos operacional e de comunicação, a
ampliação da capacidade energética e o aprimoramento da segurança.
Em fevereiro deste ano, foi lançado o
edital para contratar a empresa que elaborará o Plano de Desenvolvimento do
Transporte Público sobre Trilhos e a Pesquisa de Mobilidade Urbana. O objetivo
do Metrô-DF é fazer um planejamento, a médio e a longo prazos, do sistema de
transporte público sobre trilhos da capital. A intenção é seguir um modelo de
desenvolvimento sustentável, idealizado para um futuro de 20 anos.
Outra iniciativa em andamento é o projeto
Estação Metrô Cultura, que ocorre quinzenalmente na estação Central, na
Rodoviária do Plano Piloto, em parceria com a Secretaria de Cultura. A proposta
é abrir espaços para artistas locais e, ao mesmo tempo, proporcionar acesso
gratuito a manifestações artísticas. A próxima apresentação será em 10 de
abril, com o baterista André Togni, das 17h30 às 18h30. Essa ação é uma
contrapartida dos artistas beneficiados com os recursos do Fundo de Apoio à
Cultura (FAC).
Estão sendo instalados equipamentos de
rede sem fio nas estações de Águas Claras, Central, Galeria e Guará. Com isso,
a partir de 21 de abril, segundo o Metrô-DF, os passageiros dessas paradas
poderão ter acesso livre à internet durante as viagens de trem. A intenção é
que o serviço seja ampliado para as demais estações ainda em 2015.
Também neste ano está prevista a
transformação da estação da Guariroba, em Ceilândia, em ponto sustentável. O
projeto está sendo finalizado e será implantado com recursos de grupos
nacionais e internacionais. “É apenas um projeto-piloto e pretendemos expandi-lo”,
explicou o presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado. A ideia é instalar placas
para a captação de energia solar. Essa ideia surgiu em Nova York, onde a
tecnologia é empregada desde 2005.
O Metrô-DF pretende implantar a rede
integrada do veículo leve sobre trilhos (VLT), amplamente utilizada em todo o
mundo. Movido a energia elétrica, esse transporte — uma espécie de bonde
moderno —, além de não apresentar ruídos, terá circuito interno de TV e piso no
mesmo nível da plataforma.
A ideia é instalar o sistema em quatro
eixos, com início das obras previsto para o segundo semestre de 2016 e término
no fim de 2018. O primeiro englobará Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo,
Taguatinga e Ceilândia — com um trecho específico para o Sol Nascente —; o
segundo envolverá a antiga Rodoferroviária e a Esplanada dos Ministérios — com
braço para o campus da UnB —; o terceiro passará por Cruzeiro, Sudoeste e
Guará; e o último será na W3 Sul e Norte.
O presidente do Metrô-DF, Marcelo
Dourado, solicitou ao Ministério das Cidades — em reunião na última
quarta-feira (25) — R$ 60 milhões para a elaboração do projeto básico e
funcional da rede.
Kelly
Crosara, Agência Brasília