Governador ouve queixa
e promete alternativas para estacionar, além de contratações para agilizar
alvarás
Em almoço na Associação Comercial do
Distrito Federal, o governador Rodrigo Rollemberg ouviu ontem reclamações de
empresários sobre a demora para obtenção de alvarás de construção, o abandono
da avenida W3 e sobre a falta de vagas de estacionamento na área central de
Brasília.
Em resposta,
Rollemberg garantiu que estudará medidas que tornem a W3 atrativa novamente,
com revisão nas alíquotas de IPTU para imóveis desocupados, para estimular que
empresas se instalem no local. O governador disse que será estudada a
implantação da zona azul e de estacionamentos subterrâneos tarifados.
Mas para
ele, é necessário promover a melhoria do transporte público e até reviver a
discussão sobre o Veículo Leve sobre Trilhos na W3, projeto do governo Arruda,
que não teve continuidade na gestão anterior.
A explicação
para a persistência na dificuldade de conseguir alvarás foi a impossibilidade
de contratar mais arquitetos e engenheiros para a Central de Aprovação de
Projetos. Já que o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal foi ultrapassado, o
GDF ficará até o fim de maio sem nenhuma contratação.
R$ 45
milhões em cortes
A economia
de recursos anunciada pelo governo desde o início do ano agora tem números: R$
45 milhões. A soma foi conseguida revisando contratos e cortando despesas. Só
que para superar o déficit já estipulado pelo governo, de R$ 3,1 bilhões, será
preciso muito mais. Ainda sem saber como, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB)
promete empenho ainda maior para enxugar as despesas.
Os gastos a
menos foram obtidos nos três primeiros meses do ano. Se continuar nesse ritmo,
o Buriti conseguirá economizar apenas R$ 180 milhões, o que representa 5,8% da
falta de recursos já constatada pela equipe econômica. Para alcançar os R$ 3,1
bilhões de cortes, o governo precisará economizar mais de R$ 380 milhões a cada
mês, caso a arrecadação prevista não cresça.
O déficit
será superado com outras fontes de recursos e, principalmente, com
criatividade, conforme projeta Rollemberg.
“Vamos agir
com mais redução de despesas, de custeio, eventualmente de pessoal. Estamos
analisando como fazer e também estamos buscando novas fontes de recursos,
analisando quais projetos tramitam no Executivo e aumentam a arrecadação para o
Distrito Federal. Também estamos estudando os instrumentos que temos para
ampliar recursos, como podemos cobrar as dívidas de empresas que nos devem.
Enfim, é uma conta fácil de fazer e difícil de executar. Temos que reduzir
muita despesa e aumentar muito os recursos”, reconheceu.
Acordo
com Goiás para garantir água
Mais cedo,
Rodrigo Rollemberg foi até Valparaíso de Goiás para assinar um acordo de
abastecimento de água com o estado vizinho, nas obras do Sistema Produtor de
Água Corumbá. Já estão em curso as obras do consórcio formado entre a Caesb e o
Saneamento de Goiás (Saneago). O investimento chegará a R$ 400 milhões, entre
dinheiro do PAC e R$ 90 milhões do Distrito Federal.
A promessa é
promover o abastecimento de cerca de 1,3 milhão de moradores e aumentar
em 30% a oferta de água para o Distrito Federal.
Ação
coordenada
A atuação
coordenada entre os dois governos foi comemorada por Rollemberg. “Esta é uma
das regiões metropolitanas mais importantes do Brasil e precisamos atuar
conjuntamente, como estamos fazendo hoje, DF e Goiás, pelo bem dos cidadãos”,
afirmou.
Os
investimentos feitos pelo governo de Goiás tratam de serviços e obras na
estação elevatória de água bruta, a conclusão de parte da adutora, a estrada de
acesso à estação elevatória, além da linha de transmissão de energia e de uma
subestação elétrica.
O governador
de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) citou os investimentos como necessários para o
abastecimento no futuro. “Enquanto assistimos à dificuldade de
abastecimento em estados como São Paulo, há 20 anos começamos a planejar
medidas que garantirão o abastecimento para Goiás e o Distrito Federal”, disse.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília - Daniel
Cardozo