Acha que há
clima na Câmara Legislativa para aprovar o pacote de aumento de arrecadação
apresentado pelo governo?
Tem
clima, sim. Obviamente a aprovação tem de ser construída, com muito debate com
os deputados distritais. A Câmara tem sido muito colaborativa na solução da
crise econômica que enfrentamos. Precisamos continuar fazendo o que a gente tem
feito, com muito diálogo por parte dos secretários, explicando a importância de
cada medida enviada à Casa.
O governo fala muito em crise. Não parece uma provocação a
criação de uma frente parlamentar intitulada “Brasília sem crise”?
Não vejo
dessa forma. Essa frente será mais um fórum de debates no objetivo que temos de
ajudar o setor produtivo, colhendo sugestões e opiniões. Todos os assuntos
desaguam na Câmara. A proposta é apresentar um documento para dividir as
iniciativas com o Executivo. Parece-me interessante.
No Congresso, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do
Senado, Renan Calheiros, têm adotado uma postura de protagonismo em relação aos
debates do país. Acha que a deputada Celina Leão tenta seguir esse exemplo no
comando da Câmara Legislativa?
Acho
importante que a Câmara Legislativa tenha um papel de destaque no debate das
questões da cidade. Os deputados distritais conhecem bem os problemas do DF.
Mas as coisas são diferentes. No Congresso, os dois presidentes assumiram o
papel de protagonismo pelo vácuo na política. Aqui o governador tem exercido
uma forte liderança e a presidente da Câmara tem sido uma grande parceira.
A Câmara Legislativa vai convidar o chefe da Casa Civil,
Hélio Doyle, a esclarecer questões ditas sobre demissões de servidores. Acha
que há necessidade de alguma explicação?
Não vejo
necessidade, até porque o governador disse hoje (ontem) que nenhum servidor
público concursado será demitido. A chance disso ocorrer é zero.
Por: Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Correio Braziliense