Os organizadores do Na Praia já tem um grupo de trabalho com a comunidade e órgãos do governo
Moradores de condomínios na raia norte do Lago Paranoá
enviaram abaixo-assinado contra os abusos de eventos no local ao Ministério
Público, que instaurou um inquérito. Em uma das casas envolvidas, já foi feita
a conciliação, mas órgão vai investigar se há exageros
Diversão para alguns, pertubação para outros. Cerca de 400
moradores do Setor de Hotéis e Turismo Norte (SHTN) — próximo à Concha Acústica
— protocolaram no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)
um abaixo-assinado contra os eventos na orla do Lago Paranoá. Recentemente, uma
casa de shows fez a inauguração na região, a Doka Beach Club. A partir de
quinta-feira, o local tem apresentações de DJs e música ao vivo. Além disso,
desde o início do mês, o projeto Na Praia também ocupa parte do espaço na
região. Os moradores alegam que os eventos “prejudicam o sossego e a
tranquilidade do local”. A 1º Promotoria de Justiça do Meio Ambiente e Patrimônio
Cultural (Prodema) instaurou inquérito para investigar se há danos ambientais e
poluição sonora ocasionados pelas festas.
O Na
Praia começou em 4 de julho e vai até 8 de agosto. Com uma área de 6 mil m² e
cerca de 500 toneladas de areia, o local tem atrações durante o dia, como vôlei
de praia, treinos funcionais, skate na água e stand up paddle, e shows
noturnos. Fora o barulho, como o espaço externo não é amplo, motoristas
disputam vagas com o público da casa ao lado, a Doka Beach Club, e com moradores
e visitantes. O abaixo-assinado foi protocolado pelos moradores dos condomínios
Lake Side e Ilhas do Lago, que relataram problemas de poluição sonora e
pertubação da tranquilidade na região. No último fim de semana, um agente da
Polícia Civil deu um tiro, supostamente por acidente, na área externa em frente
ao Na Praia.
Segundo o
promotor da Prodema, Roberto Carlos Batista, as queixas são recorrentes e se
resumem, basicamente, em reclamações quanto ao barulho e ao trânsito. A
primeira medida será levantar casos de estabelecimentos na região que não
observam lei e decreto de normas de emissão de ruídos, medir os níveis do som
emitidos pelos estabelecimentos e checar se as casas possuem alvará de
funcionamento com permissão para música. “Com o Na Praia, conseguimos fazer
conciliação — de comunidade, governo e produtores — e o projeto continuou.
Agora, como existem casas que não são temporárias, vamos tratar tudo de uma
vez”, explicou Roberto.
A
reportagem entrou em contato com os condomínios, no entanto, não teve retorno
até o fechamento desta edição. O inquérito civil público foi instaurado na
segunda-feira e apurará a queixa dos moradores. Em nota, o Instituto Brasília
Ambiental (Ibram) afirmou que ainda não foi notificado pelo MPDFT. O órgão
aguardará o trâmite para começar as análises no local. A Doka Beach Club também
disse que não recebeu o documento. De acordo com a assessoria da casa, o
estabelecimento está dentro das normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) e tem alvará de funcionamento para as atividades que são
atualmente executadas. A nota enviada explica que a Doka não é uma “casa
noturna” e que as festas são realizadas entre 12h e meia-noite.
De acordo
com a assessoria do Na Praia, foi criado um grupo de trabalho, em 16 de julho,
com representantes da casa, dos condomínios envolvidos e dos órgãos do governo,
como Polícia Militar e Detran, para evitar problemas de trânsito, coleta de
lixo e volume alto, por exemplo. “É importante ressaltar que o espaço utilizado
pelo projeto é próprio para a realização de eventos deste porte e que, assim
como o Na Praia, outros eventos já ocuparam e ainda podem ocupar tal local,
como um estímulo ao uso da orla do Lago por parte dos brasilienses”, diz trecho
da nota.
Opinião do internauta;
*Leo Carlos Costa Junior
“Essa
praia (Na Praia) virou um local caro, com status e que não trouxe beneficio
nenhum, porque até mesmo os eventos que acontecem lá são muito caros.”
*Francisco Crispim Gonçalves
“Insuportável
a barulheira que esses caras fazem nos fins de semana. Eles acham que a cidade
é deles.”
*Mário Lacerda
“Os
eventos estão começando e acabando cedo.”
*Perry Werneck
“Mas a
Orla não é área comercial? O errado não seria existirem moradias naquela
região?”
*Beatriz Sena
“Deixem o
povo se divertir!”
Fonte: Camila Costa – Correio Braziliense – Foto: Minervino
Junior/CB/D.A Press
A área é destinada para restaurantes e entretenimento... As pessoas tem que informar melhor... Se não o governo não teria autorizado a contrição da Concha Acústica que é exatamente destinada para o entretenimento!!!
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