Segundo o levantamento,
o número de desempregados no mês passado ficou estimado em 223 mil pessoas -
dois mil a menos que em maio
A taxa de desemprego no mês de junho
apresentou "relativa estabilidade" no Distrito Federal em comparação
ao mês de maio. O índice de 14,2% foi registrado na Pesquisa de Emprego e
Desemprego no Distrito Federal (PED-DF), divulgada nesta quarta (29), durante
entrevista coletiva no auditório da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan).
Em maio, o nível de desemprego chegou a 14,4%.
Segundo o
levantamento, no último mês, o número de desempregados ficou estimado em 223
mil pessoas — dois mil a menos que em maio. A justificativa é que houve
crescimento do nível de ocupação (1,1% ou o equivalente à geração de 14 mil
postos de trabalho entre maio e junho) em número um pouco maior ao da população
economicamente ativa (maiores de 10 anos que estão ocupados ou desempregados):
0,8%, que representa a entrada de 13 mil pessoas na força de trabalho.
A alta de
1,1% fez com que o nível de ocupação passasse a ser calculado em 1,345 milhão
de pessoas. Por setor, tal desempenho resultou do crescimento na construção
(15,1% ou geração de 11 mil postos de trabalho), no comércio (2,3% ou 6 mil) e,
em menor medida, nos serviços (0,3% ou 3 mil). De acordo com a pesquisa, a
indústria de transformação foi o único que teve redução: queda de 8,5% ou
eliminação de 4 mil postos de trabalho.
Segundo a
posição na ocupação, houve aumento de 1,2% no total de assalariados — resultado
do desempenho positivo do setor privado (1,9%), uma vez que no público houve
relativa estabilidade (- 0,3%). Na iniciativa privada, identificou-se
crescimento de 1,5% (ou 9 mil) no número de trabalhadores com carteira assinada
e de 4,2% (ou 4 mil) no de sem registro. Também elevou-se a quantidade de
autônomos (3,9% ou 6 mil). "O mercado de trabalho ainda mostra
fragilidade, pois a informalidade continua a superar a formalidade",
comenta Adalgiza Amaral, coordenadora da PED pelo Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). "As empresas passam por
momento de crise e os trabalhadores buscam outros meios para encontrar uma
ocupação e sustentar a família."
Regiões
Em análise
das taxas de desemprego por grupos de regiões administrativas, conforme o nível
de renda, entre maio e junho deste ano, o grupo com as áreas de rendimentos
mais altos — como Lagos Sul e Norte — foi o único com aumento: de 6,4% para
7,4%. Já o intermediário, a exemplo de Taguatinga e Planaltina, permaneceu
relativamente estável, com 12,2% em maio e 12% em junho. No das regiões de
renda mais baixa, como Samambaia e Santa Maria, houve redução de 17,3% para
16,9%.
A PED-DF é
feita por meio de convênio entre a Secretaria do Trabalho e do
Empreendedorismo, a Codeplan, o Dieese e a Fundação Sistema Estadual de
Análises de Dados, vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de
São Paulo.
Fonte: Jornal de Brasília, com Agência
Brasília