Acha que o governador Rodrigo Rollemberg deve vetar ou
sancionar o projeto que proíbe o uso do uber no DF?
Em prol
do empreendedorismo, sou favorável ao veto e à busca pela regulamentação do
serviço. O modelo de negócio denominado “Economia Compartilhada” é muito
bem-visto do ponto de vista do empreendedorismo, pois visa à sustentabilidade
tirando do foco a posse do objeto ou espaço em si. No caso do Uber, o conceito
do serviço oferecido, é de que o cidadão tenha um motorista particular, num
carro executivo, com serviço diferenciado, pelo tempo que precisar.
Acha que a proibição impediria o cidadão de procurar o
serviço?
Não
impediria, porém, inibiria. A questão, no entanto, é que o estado não pode ser
conivente com algo irregular. Qualquer atividade econômica que seja deve ser
regulamentada e submetida às normas e leis vigentes. Por isso, sou favorável à
regulamentação. A Cidade do México já apostou na regulamentação do serviço.
Sancionar significa ceder à pressão dos taxistas?
A meu
ver, o mérito deveria ser quem perde e quem ganha nessa história. A livre
concorrência traz melhorias de bens e serviços à população e qualquer forma de
reserva de mercado prejudica esse processo. Além disso, ninguém é favorável à
extinção do serviço de táxi. Inovações requerem ajustes. Busquemos os ajustes,
então.
Fonte: Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” Correio
Braziliense – Foto: Facebook