Acusado pela atual gestão de ter gastado além do que
podia, o ex-governador Agnelo Queiroz (PT), pelo jeito, também deixou um buraco
na campanha. A produtora de vídeo Fabrika está executando o petista na Justiça
com uma ação de cobrança no valor de R$ 1,6 milhão. O processo não é contra o
PT, e sim contra o próprio Agnelo.
Candidato à
reeleição, ele tinha o maior tempo de televisão no programa eleitoral gratuito
e fez superproduções na tentativa de mostrar realizações. No segundo turno, a
empresa também fez o programa do atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB).
Na prestação de
contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), consta repasse do comitê do
ex-chefe do Executivo local de pouco mais de R$ 4 milhões à firma, que garante
que a dívida não está quitada.
Paulo Guimarães, que
defende Agnelo, afirma “não ter o menor conhecimento do que se trata”. O
ex-advogado de Agnelo, Luis Carlos Alcoforado, é outro na fila de pagamento da
campanha petista.
Médico de carreira da
Secretaria de Saúde, Agnelo tirou sete meses de licença após deixar o
Palácio do Buriti. Ele deveria ter voltado ao trabalho no início de agosto, mas
apresentou um atestado médico que adiou o seu retorno para a próxima
quinta-feira, dia 13. A expectativa no meio político é de que o
ex-governador assuma um cargo no governo federal ou na liderança do PT no
Congresso Nacional para evitar a volta à sala de cirurgia, depois de mais de 20
anos dedicado à política.
Fonte: Matheus Teixeira – Portal: CB.Poder –
Crédito Kleber Sales/CB/D.A Press.