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Audiência pública discute a participação de Cooperativas no Transporte Público do DF

A necessidade de uma participação maior do transporte complementar, no Distrito Federal, foi tema de audiência pública na noite desta quinta-feira (13), no plenário da Câmara Legislativa, a iniciativa foi da presidente da Casa, deputada Celina Leão (PDT).
“O Transporte Público, no formato que está, virou um saco sem fundo. Esse ano, só em  subsídios será gasto quase R$ 1 bilhão, antes da atual licitação o subsídio era de R$ 120 milhões ao ano, agora são R$ 50 milhões ao mês, um alto custo aliado à má prestação do serviço, com redução da frota de ônibus e concentração de riqueza nas mãos de poucos empresários. São práticas  que nada tem a ver com a modernidade, com a tecnologia e com o que se espera para o  DF”, declarou a deputada.
O representante da Cooperativa Dos Transportadores Autônomos de Brasília – COOPERTAB, Jefferson Dias Moreira, o Magrão, fez um apelo à deputada Celina, para que trabalhe no sentido regularizar o trabalho da Cooperativa. “Há oito anos eram quatro mil ônibus e 1.500 vans, a redução foi drástica. Pedimos á senhora um Projeto de Lei que estabeleça um percentual  para as cooperativas, queremos ser legalizados. Pedimos que abrace a criação de um sistema Complementar de Transporte  com um percentual estabelecido em lei”, apelou.
Para Celina,   o Transporte Público deve ter uma parte destinada às Cooperativas, na avaliação da parlamentar  são empresas familiares, que não vão assaltar o Estado. “Vamos discutir com vocês um novo modelo  de complementar  as áreas deficitárias. Nossa expectativa é de que o Governo veja vocês e que legalize vocês, vamos discutir alternativas, é certo que tem muita gente nas paradas de ônibus esperando um Transporte de qualidade. Vamos propor uma  alteração da lei para que um percentual seja destinado às cooperativas. É uma forma de incentivar os pequenos empresários e vencer o quartel do Transporte Público, além de  trazer vocês para a legalidade”, anunciou.
O auditor fiscal da Subsecretaria de Fiscalização Auditoria e Controle – SUFISA,  Arthur Carlos de Morares, discorreu sobre a necessidade do Transporte Público na vida da população e dos problemas enfrentados no DF. “O Transporte nunca foi pensado para quem usa, é pensado só em quem opera e em quem constrói. Somos a única linha de BRT do mundo que não tem faixa exclusiva em área habitada só na BR. Por que fizeram isso? O transporte tem que ser para facilitar a locomoção e não para dificultar. Há espaço e necessidade de mais transporte, quem vai operar é uma decisão política”, explicou.
Carlos Marcelo Pinheiro,  também auditor da SUFISA, explicou que  houve uma redução de  1.070 linhas de ônibus, para 676. “As linhas de caráter social e baixa renda ainda não foram efetivadas para operar. O subsídio que se paga é de tarifa técnica, como há um erro de R$ 50 milhões por mês? De quem é a responsabilidade deste furo? É um custo altíssimo para um transporte ineficiente”, considerou.
Fonte: Assessoria 


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