Faça uma foto da árvore símbolo
da capital e envie para o Correio
“Para explicar por que retrato Brasília, sempre uso uma frase
que o poeta Nicolas Behr costuma dizer: Quem canta sua aldeia torna-se
universal.” Assim, o artista plástico Rodrigo Nardotto, 42 anos, justifica sua
obra. Ele é um dos pintores que viram nos ipês uma inspiração artística. Seja
pelas cores, formato e movimento, seja pela exuberância no meio do cerrado.
Transformar a árvore em telas não é tarefa fácil. Mas o resultado agrada aos
artistas e ao observador. Símbolo de Brasília, o ipê também se torna um
elemento visual repleto de possibilidades. Desde julho, leitores do Correio e
telespectadores da TV Globo Brasília têm registrado os melhores ângulos da árvore
em fotos e vídeos.
As paredes do apartamento onde Rodrigo mora, em Águas Claras,
são brancas. Elas dão espaço para a criatividade do pintor e para as cores dos
ipês despontarem. “Sempre fui alucinado por ipê. Eu me perguntava quando
conseguiria pintar. As cores são muito difíceis, encontrar o tom perfeito é
complicado, mas é um exercício delicioso”, conta o artista. No olhar de
Rodrigo, a árvore de flor amarela tem uma diversidade de tonalidades, por
exemplo. Pintá-la é uma mistura de laranja, vermelho, azul e branco. “Cor é
algo que você tem que treinar o olhar”, acrescenta.
De acordo com o pintor, o trabalho de retratar ipês começou
depois que Rodrigo recebeu uma mensagem. “Ouvi uma voz que me disse para parar
de copiar e começar a pintar. O primeiro quadro da árvore foi o resultado quase
que de um movimento epiléptico”, relembra. Ao todo, o artista tem cerca de 20
telas com o símbolo da capital. Para ele, pintura é manifestação. “Sou mais
emocional que técnico. Tenho um toque impressionista, mas sou expressionista”,
define. Isso quer dizer que o artista trabalha com o corpo e com a alma. Antes
de começar a pintar, Rodrigo recorre à fotografia. “Uma vez quase bati o carro
quando vi um ipê-amarelo lindo na 110 Norte”, relembra, aos risos. A foto virou
tela, que já encantou espectadores. “Uma mesma cliente comprou três quadros
meus de ipê”, conta.
O artista plástico Fabio Pedrosa, 40, também foi a campo
pesquisar referências para a série BSB e Cor. “Como queria algo que mostrasse a
nossa cidade, a calçada em que a gente anda, saí tirando fotos. Outras
referências foram a partir de imagens encontradas ou que me mandavam”, explica.
O resultado mistura as cores, a luz e o movimento dos impressionistas europeus,
com a contemporaneidade de uma cidade moderna. A série é composta por cinco
telas — dois ipês, retratos do Parque da Cidade e da avenida W3, além de uma
vista da Torre de TV. “Via poucas pinturas sobre Brasília, isso começou de um
tempo para cá. A gente tem que ver a cidade retratada, porque, a partir do
momento que a conhecemos, a gente dá valor.”
Na percepção de Fabio, o ipê se destaca no meio da vegetação. “Ele mostra de cara a beleza.” Foi assim que o símbolo da cidade conquistou o nordestino que há 20 anos vive em Brasília. “A cidade tem uma característica que dificulta (retratá-la), porque é uma reta e muito branca, não tem adorno. Cabe a nós descobrirmos formas de representá-la de maneira diferente”, comenta. Foi dessa forma que o artista desvendou a série, que já ficou em exposição na Câmara dos Deputados.
Na percepção de Fabio, o ipê se destaca no meio da vegetação. “Ele mostra de cara a beleza.” Foi assim que o símbolo da cidade conquistou o nordestino que há 20 anos vive em Brasília. “A cidade tem uma característica que dificulta (retratá-la), porque é uma reta e muito branca, não tem adorno. Cabe a nós descobrirmos formas de representá-la de maneira diferente”, comenta. Foi dessa forma que o artista desvendou a série, que já ficou em exposição na Câmara dos Deputados.
Ao ver o primeiro ipê pronto no quadro, o sentimento foi de
satisfação. “Humildemente falando, vi que cheguei um pouco perto da beleza da
árvore”, completa. A exuberância da floração no meio da seca e a maneira como
ela se tornou característica de Brasília encantaram Fabio. “Dá uma alegria na
cidade”, comenta.
Faça seu clique
A
campanha do Correio Braziliense, lançada em parceria com a TV Globo Brasília,
tem registrado os melhores ângulos da árvore mais conhecida do cerrado. Desde
18 de julho, leitores e telespectadores têm marcado suas imagens. Ao fim, um
caderno especial no Correio e um vídeo na TV Globo Brasília vão celebrar
aquelas que melhor souberam captar a essência desse símbolo brasiliense. As
fotos podem ser marcadas nas redes sociais com a hashtag #BrasiliaCapitaldoIpe.
Outro canal é pelo site www.correiobraziliense.com.br/BrasiliaCapitaldoIpe.
Aqueles que usam o aplicativo de mensagens WhatsApp também podem mandar as
imagens.
Por: Roberta Pinheiro –
Correio Braziliense – Fotos: Rodrigo Nunes/CB/D.A Press – Fábio
Pedrosa/Divulgação –Rodrigo Nardotto/Divulgação – Paulo Américo/Divulgação.