O presidente da CPI, Bispo Renato, o relator, Raimundo Ribeiro e Barbosa Neto (Foto: Isabella Calzolari/G1)
Presidente
da Abratup diz que sistema está sendo implantado aos poucos. Ele afirma
que valor do subsídio às empresas é 'decisão política' do GDF.
Presidente
da Abratup diz que sistema está sendo implantado aos poucos. Ele afirma
que valor do subsídio às empresas é 'decisão política' do GDF.
A Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) que investiga supostas irregularidades no transporte público do Distrito
Federal ouviu nesta terça-feira (1º) o presidente da Associação das Empresas
Brasilienses de Transporte Urbano de Passageiro (Abratup), Barbosa Neto, que
representa as cinco empresas vencedoras da licitação. Ele afirmou que o
processo de transição do modelo de linhas para bacias está sendo implantado
gradativamente e que o valor do subsídio dado às empresas é uma "decisão
política" do governo.
"O valor do subsídio é uma decisão política fincada nas gratuidades
para deficientes e estudantes que é a remuneração da tarifa técnica. É
fundamental que a gente possa unificar algumas compreensões. Alguém tem que
pagar por isso. Se não é o usuário, é o poder publico. Há também o congelamento
de valor da tarifa do usuário de dez anos, e alguém tem que pagar por isso. A soma
totaliza o valor que o GDF tem pagado. Há subsídio ao usuário e não ao
empresário."
O presidente da associação declarou ainda que há "uma mudança
substancial na relação do governo com os operadores". "O modelo de
bacia permite que a relação pública e privada tenha a possibilidade de oferecer
um serviço de qualidade com menor custo."
"O único a ganhar com isso deve cada vez mais ser o usuário. É um
processo em implantação. Esse processo de transição é permanente. Temos a frota
mais nova do país, a tecnologia mais moderna no país, agora esse processo de
transição continua sendo implementado", completou.
Durante depoimento, o presidente da CPI, deputado Bispo Renato Andrade
(PR), questionou Barbosa Neto se as empresas vão parar caso o governo não
consega dar o reajuste previsto neste mês. O representante negou que as
companhias vão paralisar as atividades e disse que quem faz greve são os
funcionários.
"Empresário não para. Não há a mínima intenção,
disposição, vontade de nenhum operador de querer parar. O que existe é a não
remuneração dos colaboradores e eles não vão trabalhar se não receberem. Se não
consolidou pagamento para fornecedores de óleo diesel, não fornece, não anda
sem óleo diesel."
(Barbosa Neto presidente da Abratup)
"Empresário não para. Não há a mínima intenção, disposição, vontade
de nenhum operador de querer parar. O que existe é a não remuneração dos
colaboradores, e eles não vão trabalhar se não receberem. Se não consolidou
pagamento para fornecedores de óleo diesel, não fornece, não anda sem óleo
diesel."
Questionado pelo presidente da CPI se algumas empresas tinham privilégio
no sistema, Barbosa Neto disse desconhecer privilégios entre as entidades. No
entanto, um representa da empresa São José afirmou que "não há
imparcialidade no governo."
"O sistema é composto por cinco empresas, todas estão com
desequilíbrio financeiro, mas apenas uma com desequilíbrio econômico. Meu
pleito por tarifa vem desde junho do ano passado, e o contrato diz que são 60
dias para resposta, positiva ou negativa, e não tive nenhuma. Se eu tiro de um
lado, eu tenho que colocar no outro. A São José era caracterizada pelo melhor
serviço, e agora está quebrando. Não sei se há privilégio ou não, mas o senso
de justiça está faltando."
Fonte: Isabella Calzolari
Do G1 DF